29 abril 2013

Dia Mundial da Dança


(Foto ©Raul Boze para CDC - Angola)

Porque hoje é Dia Mundial da Dança, esta oferta da Companhia de Dança Contemporânea, de Angola, a todos nós.
Esta data foi instituída pela UNESCO, em 1982, pelo facto de ser a data de nascimento do coreógrafo francês Jean-Georges Noverre (1727-1810), o qual esta organização internacional reconheceu como o grande precursor da profissionalização da dança.

19 abril 2013

A ignomínia dos cobardes

"O princípio da tarde do Dia dos Patriotas, em Boston (USA,) ficou marcado por um violento e ignóbil acto cobarde de terror. A Maratona de Boston que estava na sua parte final, naquela parte em que os populares terminam a sua prova, depois da elite maratonista, foi ensombrada com o rebentamento de petardos – ou bombas – cujo efeito imediato foram dois mortos e mais de uma centena de feridos.

Entre as diferentes vítimas, crianças. A ignomínia nunca teve idade, mas é sempre difícil acolher quem haja na vida com esta ignóbil “coragem”.

O Mundo tremeu pensando num eventual novo 11 de Setembro (NY), ou um novo 11 de Março (Madrid) ou um novo 7 de Julho (Londres) ou novo um 26 de Novembro (Mumbai). O Mundo, principalmente, o ocidental que colocou a prontidão em grau máximo, em alguns casos – França, por exemplo ficou em alerta vermelho – mas não os EUA que, prudentemente, evitaram classificar, no imediato, o acto como terrorismo, muito menos internacional como se verificou no 911, optando, e bem, por classifica-lo como um acto criminoso sob a capa do terror.

A ignomínia cobarde não tem nem nunca teve cor excepto aquela que resulta do acto: o vermelho vivo das suas vítimas inocentes e despreocupadas.

Uma vez mais quem praticou o acto fê-lo encapotado e longe do local. Esta “coragem” do(s) autor(es) é bem simbólica. Não sabemos, ou não sei, pelo menos por quando escrevo estas linhas, que tipo de – como não sou americano, logo, utilizo sem pruridos, a expressão – terrorista(s) praticou ou praticaram tal ignomínia cobarde. (...)" (continuar a ler aqui)

Publicado no semanário Novo Jornal, edição 274, de 19 de Abril de 2013, página 21 

12 abril 2013

Guiné-Bissau, o Golpe foi há um ano

Passado um ano do Golpe de António Indjai a Guiné-Bissau mantém-se na mesma encruzilhada em que caiu com o Golpe, como recorda Raúl Braga Pires neste seu apontamento no blogue Mghreb/Macherek, no semanário Expresso.

Acresce a isto, o facto de um dos principais intervenientes no processo golpista, o almirante Na Tchuto ter sido detido em supostas águas internacionais (talvez tenha sido fora das 12 milhas mas foi, claramente, detido na zona económica exclusiva caboverdiana), por tropas norte-americanas e enviado, de seguida, para os EUA onde já está a ser ouvido em juízo sob acusação de tráfico de droga/estupefacientes e de ter participado na morte de agentes norte-americanos.

Só que, como recorda o jornalista Aly Silva, não é só Na Tchuto que é credor do mandato de captura internacional devido ao tráfico de droga. Há mais e têm proveniência na Guiné-Bissau.

E o que tem a droga a haver com o Golpe. Especula-se que muito dado que um está interligado com o outro. Acresce que há "demasiados" e "interessados" oficiais superiores no poderosos serviço militar Bissau-guineense.

O certo é que um ano depois o Golpe continua a fazer-se sentir e a comunidade internacional parece se ter desligado, de vez, dos assuntos Bissau-guineenses para mal dos poucos pecados deste povo lusófono, cada vez mais franco-crioulo,(ou não lá estivessem as ineficazes forças militares da CEDEAO lideradas por nigerianos e senegaleses).

E nem Ramos-Horta, representante oficial das Nações Unidas, parece conseguir que haja alguma evolução credível na actual situação política do País. talvez que a proposta de Patriota, MIREX brasileiro, possa vir a ter algum resultado.

Só que já foram várias as propostas nesse sentido e até hoje, nada!...

09 abril 2013

“Moi” na Revista Militar de Janeiro 2013


Publicação conjunta de um texto elaborado por mim e pelo Doutor Major Luís M. Brás Bernardino sobre a ZOPACAS e a Comissão do Golfo da Guiné, na Revista Militar, edição 2532, de Janeiro de 2013, pp. 43 a 61: “AComissão do Golfo da Guiné e a Zona de Paz e Cooperação do Atlântico Sul:Organizações interzonais para a persecução da segurança marítima na BaciaMeridional Atlântica”.

Posteriormente, esta matéria está publicada no portal da RevistaMilitar


07 abril 2013

Angola e Brasil, Vizinhos Atlânticos: o meu tema


Conferência Vizinhos Atlânticos: Angola & Brasil
(organizado pelo Observatório Político, 5 de Abril de 2013)

A minha intervenção centrou-se no tema: Angola, a (não plena) integração regional e a SADC

Um pequeno resumo do tema que será, oportunamente e na íntegra, publicado pelos organizadores:

Resumo
O objectivo principal deste texto visa contribuir para a discussão sobre a perspectiva que Angola tem na formação da área económica no Atlântico Sul, em geral, e da SADC, em particular, tendo como eixo de análise as relações entre Angola e os seus principais parceiros austrais de África, desde a independência angolana até à actualidade, com vista a uma efectiva cooperação regional, ou falta dela.
Palavras-chave: SADC, Angola, Integração regional.

Abstract
The main objective of this paper is to contribute to the discussion about the prospect that Angola has in shaping the economic area in the South Atlantic in general and SADC in particular, with its central analytical relations between Angola and its main partners of Southern Africa, since Angola's independence to the present, with a view to effective regional cooperation, or lack thereof.
Keywords: SADC, Angola, Regional Integration.

02 abril 2013

República Centro-Africana, onde estavam os franceses?

"Durante uns anos, a prioridade do Quai d'Orsay e do Palácio do Eliseu era manter a França dentro dos problemas africanos não como uma potência amiga e solidária mas, realmente, como um potência colonizadora, policial e interferente.

Mudaram os inquilinos franceses e, parecia, ia mudar a política francesa. Puro engano como se viu com a intervenção, claramente justificada, embora dependendo da perspectiva e dos actores ou observadores, no Mali. Tinha ocorrido, alguns meses antes um Coup d’ État que havia derrubado um Governo legitimado pelo voto. Um golpe criticado e censurado pela União Africana e pela Comunidade Internacional, França incluída. Vários desenvolvimentos internos acabaram por sancionar o criticável: o Golpe de Estado, diga-se, um acto que começa a ser enquadrado nos factos habituais…

Mas se o golpe maliano acabou “legitimado” os desenvolvimentos subsequentes, como a secessão do norte do país por rebeldes, ditos próximos dos jihadistas, acabou por mudar a “nova” política francesa de não-interferência de Hollande e retornar à “velha” política de polícia de África de De Gaulle e amigos com a entrada no Mali sob a capa de uma Resolução das Nações Unidas para recuperar a territorialidade maliana e defender os valores morais, culturais e nacionais dos malianos contra os valores extremistas de movimentos islâmicos.

Pois, numa altura que a França começava a preparar a saída dos seus militares do Mali onde já consideravam ter acabado a missão de reconquistas territorial maliana e entregue a defesa nacional aos militares malianos – que foram quem derrubaram o poder legitimado pelo voto – eis que surge, ao lado, um novo caso de ataque às instituições democráticas eleitas pelo povo. Na República Centro-Africana o poder é atacado e derrubado por um movimento rebelde, próximo dos jihadistas, liderado por Michel Djotodia; e o presidente, François Bozizé, é obrigado a fugir para o Congo Democrático procurando, deste modo, manter legítimas, perante a comunidade internacional, o seu direito ao cadeirão do Poder.

E onde estavam as tropas francesas que, segundo Paris, estão sempre operacionais para manterem a legitimidade constitucional e evitar a tomada de poder por extremistas islâmicos ou similares? Somente no aeroporto, para onde foram, posteriormente, e para manter livre a porta de saída dos europeus que o desejarem… (...)" (continuar a ler aqui ou aqui)

Publicado no semanário Novo Jornal, edição 271, de 29/Março/2013, 1º caderno, página 21