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17 outubro 2011

Da má Alimentação à Pobreza, um passo curto

(A Fome; foto ©EPA/Voz da Rússia)

(citado pelo Notícias magazine)

Ontem foi Dia Mundial da Alimentação onde Angola se apresenta como um dos Estados… mais carentes!

Hoje, é Dia Mundial da pobreza com Angola – e uma vez mais – a surgir na linha da frente dos que evidenciam maior pobreza.

Como é possível um Estado geopolítica e geoeconómico potencialmente dos mais ricos – é uma potência regional em emergência no centro-austral de África, e respeitado como tal, – mantenha um nível tão baixo de boa alimentação – Angola é rica em produtos agrícolas, oleaginosas e farináceos – e um nível tão acentuado em pobreza!

Talvez que os nossos políticos devessem ler – ou só uma vista de olhos – pela magnífica e vasta obra de Josué de Castro (Geopolítica da fome, 1951, e Geografia da fome, 1946, são dois dos exemplos), um médico, cientista social e político brasileiro que estudou a fome e os seus efeitos no Brasil, mas que se repercutem e se estudam em todo o Mundo!

Ontem, como hoje, as razões são, intrinsecamente, as mesmas…

20 agosto 2008

Realmente há falta de pobres em Angola…

"Alguns paladinos da verdade acusam quem não está com eles de ser contra eles principalmente se alguém tem a ousadia de afirmar que há – perdão, havia – em Angola poucos, muitos poucos, com milhões e muitos, milhões sem nada, ou quase nada. Realmente continua a haver poucos muitos poucos com MUITOS milhões e pouco menos de uma dezena e meia de milhões com QUASE NADA!

Também é pouco verdadeiro as ignóbeis críticas que dizem que se a economia angolana está forte, é certo que à custa do volátil petróleo e dos diamantes, já o desenvolvimento económico das populações é deficiente.

Erro crasso que quem não conhece a economia angolana. Ou não tivesse havido uma forte abertura da economia angolana à economia de mercado como adiante se comprova.

Tinham razão quando protestavam. Tinham razão quando afirmavam que o presidente da UNITA, Isaías Samakuva, terá afirmado que cerca de 68% dos angolanos vivem na pobreza.

Como depois se demonstra é um erro enorme e deficiente conhecimento de matemática.

Feliciano Cangue, angolano, professor universitário de profissão e engenheiro de formação, a residir no Brasil, no seu blogue “Hukalilile Don´t cry for me Angola” (http://cangue.blogspot.com) apresenta uma lista obtida junto de alguns órgãos de informação angolana que provam quanto os críticos, nomeadamente o senhor Samakuva, estão totalmente errados. (...)" (pode continuar aqui ou aqui)
Publicado como Manchete no , de hoje

07 maio 2008

Bob Geldof abriu o livro...

(Foto do portal do activista/cantor)

"O activista irlandês reconhecido mundialmente desde o “Live Aid”, de 1984, e “Live 8”, de 2005, por causa da fome em África, em geral, e na Etiópia, em particular, onde milhões pereciam (E AINDA MORREM!) por falta de alimentos esteve hoje em Lisboa onde proferiu algumas palavras num colóquio "Desenvolvimento Sustentável - Fazer a Diferença", que pelo seu conteúdo e oportunidade, e apesar de alguma hipocrisia com que, ultimamente, se tem pautado as suas actuações e actividades, não devem passar em claro.
Sobre a fome – ainda e sempre devido à
pobreza e má-gestão –, Geldof alerta para um assunto que também eu abordo num artigo a publicar brevemente no Correio da Semana, de São Tomé e Príncipe. As guerras deste século serão devidas e travadas pelos recursos alimentares, a que completaria com, igualmente, os recursos hídricos.
Geldof, criticando o exemplo da Europa, onde, como ele afirma “
pagamos impostos para produzir, pagamos impostos para armazenar e pagamos impostos vergonhosos, imorais, abjectos para destruir comida em excesso” deveria evitar que, 25 anos depois o activista tivesse, de novo, de gritar algo que não pensava ter de o fazer agora “ ´Feed the World` (Alimentem o Mundo) ”.
Já quando questionado sobre Angola, Geldof atirou uma frase dura para o regime e para os governantes nacionais, forçando, inclusive, ao abandono da sala do embaixador Assunção dos Anjos. Geldof, sobre o Desenvolvimento económico do País, atirou que "
Angola é gerida por criminosos". Tão simples, quanto demasiado – talvez um pouco, porque não deve conhecer a realidade no seu todo – directo. (...)" (continuar a ler aqui ou aqui)

Publicado no , "Colunistas", em 6-Maio-2008 sob o título "Bob Geldof abriu o livro... esperemos que não seja tarde!"

20 maio 2006

Zimbabué versus pobreza

(o “realojamento” no subúrbio de Harare, © foto da BBC)

Quando se sabe que África é dos continentes que mais tem de combater a pobreza, e quando alguns tentam combater essa pobreza com projectos credíveis, no Zimbabué o presidente Mugabe continua a caminhar a passos largos para tornar o antigo celeiro do centro meridional de África num país ainda mais pobre apesar de querer, para dentro e para alguns de fora, fazer crer que o que deseja é dividir equitativamente a riqueza pelo Estado – leia-se, pela sua pandilha – e pelo povo; mesmo que esta já quase não exista como afirmam os poucos economistas zimbabueanos que ainda permanecem no país.
De facto, o novo alvo de Mugabe está virado para as minas e as companhias mineiras detidas pelos estrangeiros – a grande maioria dominada por sul-africanos, cujo presidente continua a achar que Mugabe é um democrata, e por britânicos.
Para isso o governo de Harare – leia-se, o senhor Mugabe – apresentou um novo (já antigo) programa económico onde 25% das acções de todas as companhias mineiras serão tomadas de forma gratuita e 26% compradas compulsivamente, ou seja, 51% das acções passam, à força, para as mãos do Estado zimbabueano ou, por outras palavras, para o ciclo mugabeano.
Segundo Mugabe, destes 51% nacionalizados, o governo está a pensar distribuir 50/50% ou 51/49% entre o povo e o Estado.
E aqui surge a pergunta. Quem é o povo, porque o Estado já se sabe quem é.
O povo é todo aquele que vive no Zimbabué, incluindo aqueles que têm votado na oposição e expulsos de Harare ao abrigo de um realojamento na altura tão duramente criticado por inopinado quanto inconcebível - ver foto acima -? Ou serão só os filiados do seu partido e os antigos combatentes – e destes nem todos serão, por certo, contemplados.
Vamos esperar para ver e também para ver como reagirá, desta feita, os governos de Mbeki, principalmente este, e de Blair.
E como irá reagir o BAD que, ainda há dias, começou a distribuir por alguns países oeste-africanos fundos para desenvolverem as suas depauperadas economias?

ADENDA: Sobre a pobreza no Mundo, a Marcha Mundial contra a Fome que vai ser feita amanhã, dia 21 de Maio em várias cidades de 117 países.

03 janeiro 2006

África sem Fome...

© Foto Angonotícias
Segundo um artigo do Angonotícias, citando o Expresso, sob o sugestivo título "Será 2006 «o ano do fim do princípio do fim da pobreza»" África, de acordo com uma hipotética fórmula de John Stiglitz, irá ver diminuída a sua ancestral e continuada pobreza.

"Será 2006 «o ano do fim do princípio do fim da pobreza» em África, segundo a fórmula de John Stiglitz, vice-presidente do Banco Mundial e Prémio Nobel de Economia? Este banco e o FMI admiram-se perante as boas perspectivas económicas do continente, para o qual prevêem um crescimento de 5,9%, o maior desde a década de 70.
É certo que o crescimento global é puxado pelos altos preços do petróleo e outras matérias-primas, que não beneficia por igual todas as regiões. Mas há outras mudanças positivas na África subsariana, como a redução dos conflitos (em número e/ou intensidade), a estabilização macro-económica e o aumento dos investimentos. [...]"

Se não fosse tão absurda esta afirmação, tendo por base uma eventual fórmula (mágica?) de um economista nobelizado, diria que é um excelente argumento para um filme candidato aos óscares. E quereria saber em que cinema seria projectado.
É evidente que o artigo não se fica por aqui. Porque o resto do mesmo merece uma leitura atenta já que mostra que estes dois primeiros parágrafos são utópicos.
Por outro lado o artigo do Expresso, citado pelo Angonotícias - apesar de tudo em boa-hora porque nos obriga a meditar sobre o que alguns pensam de África -, mais parece um convite a uma meditação pré-voto.
É que quase parece que vai haver alterações no topo do FMI e a corrida aos votos já começou.
Um absurdo.

17 setembro 2005

Pobres nos EUA? Desconheço!

Bush não sabia que havia pobres nos EUA?
Esta nem os burros engolem.
Mas parece ser essa a opinião dos norte-americanos consubstanciada nas palavras de Bill Clinton.
De acordo com aquele ex-presidente norte-americano, em entrevista à BBC, e citada no Diário Digital, “a actual Administração «não percebia como vivem os pobres» quando mandou evacuar Nova Orleães por causa do furacão Katrina sem oferecer meios para isso.
Perante isto não me admira que fotomontagens com a que abaixo deixo apareçam (com o maior respeito pelos neworlanenses mas com verdadeiro desprezo pelas prepotentes e inadmissíveis gralhas de Bush).