Apesar de já ter acontecido no final do ano 2004, não deixar de rejubilar com o acordo entre os separatistas de Casamanse, o Movimento das Forças Democráticas de Casamanse, de Augustin Senghor, e o governo senegalês.
Guiné-Bissau e Gâmbia poderão ser os grandes beneficiados, principalmente o primeiro, porque a crise casamansense foi motivo de algumas crises castrenses no país.
Quase na mesma altura, governo sudanês e rebeldes assinam um histórico cessar-fogo com vista à pacificação do sul cristão-animista do Sudão.
Todavia, Darfur, o principal foco de crise humanitária em África, fica fora deste acordo que vai ter o testemunho de cerca de 20 Chefes de Estado e de Governo.
Entretanto, nos Grandes Lagos, a rotina volta.
Desta feita, o Uganda decide suspender um letárgico cessar-fogo entre Kampala e o Exército de Resistência do Senhor (LRA), de Joseph Kony, depois daquele, segundo as autoridades ugandesas ter atacado um posto militar.
De registar que, segundo a ONG Word Vision, durante os últimos 18 anos, o LRA, terá raptado mais de 20 mil jovens, obrigando os rapazes a combater e as raparigas a efectuarem serviços sexuais.
Já na Guiné-Bissau, a Liga Guineense dos Direitos Humanos (LGDH) denunciou recentemente uma "nova tentativa de atrocidades" no seio das Forças Armadas da Guiné-Bissau capaz de perigar o processo de reconciliação em curso no país.
Segundo o presidente da Liga, Luís Manuel Cabral, citado pela Panapress, alguns ex-responsáveis ministeriais e militares têm sido chamados a depôr na Marinha de Guerra Nacional num num nítido atentado contra os direitos humanos e contra a Constituição da República.
Por sua vez, STP quer mostrar a impolutilidade da gestão do país.
Para isso fez aprovar e publicar a lei-quadro das receitas petrolíferas, que segundo o Fradique de Menezes, é fruto da vontade e determinação da nação são-tomense, em impor transparências nas contas do ouro negro.
Veremos até onde chegará a vontade e a boa gestão.
Por fim, a importância da língua na perspectiva de um linguista e Homem da Cultura caboverdiano, Manuel Veiga, Ministro da Cultura, que defendeu a ratificação, pelo parlamento do arquipélago, do novo acordo ortográfico da língua portuguesa, que designou como um "instrumento necessário para a superior unidade da língua"
Para veiga, há que acabar com a tendência para se pensar que o acordo diz respeito apenas a Portugal e Brasil, rejeitando o "papel passivo que se quer atribuir aos outros interessados".
Ou seja, é fora dos grandes centros decisórios da língua portuguesa que a sua defesa se faz mais sentir. Veja-se o que se passa, infelizmente pelas piores razões, em Saurimo, Angola.
Como vemos muda o ano, e tudo se mantém quase inalterável.
Às promessas do bom contrapõe-se a realidade do mau.
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