A PGR guineense revogou os despachos exarados pelo governo do deposto presidente guineense Kumba Ialá, que, em Outubro de 2001, resultou na expulsão do país da associação islâmica Hamadiya, liderada pelo auto-proclamado xeque Hamadiye e sedeada no Reino Unido, e que motivou um pedido de anulação por parte de alguns cidadãos guineenses que seguiam o xeque.
A ilegalização da organização deveu-se a “interferência nos assuntos políticos” e “instigação à divisão dos muçulmanos”, sendo expulsa da Guiné-Bissau, todos os seus bens confiscados, e os seus dirigentes, maioritariamente paquistameses e indianos, expulsos do País.
De notar que esta organização, criticada pelos muçulmanos ortodoxos, defende acções que contrariam radicalmente as ancestrais prédicas islâmicas.
As razões para levantamento à suspensão desta organização por parte da PGR prende-se com o facto da Guiné-Bissau, segundo aquela procuradoria, ser facto de a Guiné- Bissau ser um “Estado laico, não permitindo qualquer perseguição religiosa a quem quer que seja”.
Alguns sectores parecem não ver com bons olhos esta reabilitação. Até porque na primeira fase e em apenas alguns meses, a associação ganhou notoriedade, principalmente junto dos jovens muçulmanos, a franja mais cativável, principalmente se o país estiver, como estava e está, em crise, tendo construído escolas e mesquitas em várias regiões do país.
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