"A Lusofonia é uma realidade (por muito que digam o contrário todos aqueles que compraram a verdade com o cartão de membro de um qualquer partido) que em muito ultrapassa os 200 milhões de cidadãos. Se assim é, porque carga de chuva a Imprensa portuguesa dá mais importância ao Quirguistão do que a Angola, ao Iraque do que à Guiné-Bissau, ao Cazaquistão do que a Moçambique? Seja lá porque for, a Comunicação Social lusitana está a contribuir não só para assassinar a Lusofonia mas, importa dizer, para o seu próprio fim. Não serão, creio, os quirguizes, os iraquianos ou os cazaque que vão comprar os jornais, ouvir as rádios ou ver as televisões portuguesas."
Um excelente queixume de Orlando Castro que pode e deve ser meditado entrando aqui.
E depois queixem-se os que vêem nas nossas críticas às actuações das CS públicas como uma mera perseguição.
Que tem mais uma partida da Taça de Confederação que a disputa que opôs Angola à Nigéria ou Cabo Verde ao Uganda.
Quem atrai mais atenções? Uma Grécia que é a pedra no sapato dos portugueses por lhes ter roubado (ou os portugueses não souberam ganhar) o Euro? ou Angola que até tem, em Portugal, um dos jogadores mais acarinhados pela torcida portuguesa (e não é só no Benfica)?
3 comentários:
Em relação ao post das notícias, pois, estes gajos compram o mais barato, via cnn, e pré-fabricado, que é para não terem que pensar... já em relação à bola, o caso do Brasil-Grécia era um encontro de leões, mas que continua de pé o meu protesto contra não darem os jogos dos PALOP, isso, continua!!
Grande Abraço, IO.
Interessante opinião. Se a lusofonia é uma realidade para além dos tais 200 milhões fenecerá assim, talvez amuada, por causa dos jornais e telejornais portugueses?
Interessante opinião, até porque presumivelmente de um jornalista. Pois daí se depreende que devem os critérios jornalisticos seguir a direcção dos potenciais compradores. Bonito, sim senhor.
(e que não se leia isto como adverso a uma maior e melhor atenção portuguesa sobre as ex-colónias)
Caro José Teixeira
Se bem percebi há uma velada crítica ao jornalista que escreveu o artigo (se não foi as minhas desculpas a ambos).
Mas daquilo que coneço do autor acredite que não se preocupa com o que os directores querem nem com o que os leitores compram.
Basta ver os inúmeros artigos que publica no NL e na sua rubrica Alto Hama.
Às vezes invejo-o não conseguir mandar cá para fora algumas das coisas que desejava mandar.
A família fala mais alto.
Um abraço amigo
ELCAlmeida
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