De acordo com o AngoNotícias, citando a SIC, e o LuandaDigital, Bento Bembe, presidente/secretário-geral da FLEC foi detido na Holanda sob acusação de cobertura a actos praticados por pessoas da sua organização.
Em causa um eventual rapto a um cidadão norte-americano, em Cabinda (não será em Benguela? ah não esse foi desvendado por Jaime Bunda, de Pepetela, desculpem o equívoco) durante os anos 90.
Ora segundo aqueles dois sítios, BB (nada de confusões) poderá ser deportado para os EUA caso este apresentem um pedido de extradição.
Algo me diz que a Gulf Oil já virou completamente de rumo.
E porque não o foi antes por rapto de outros cidadãos - estrangeiros e angolanos - também nessa década?
Se juntarmos a isto a purga que as forças armadas angolanas andam a fazer pelas matas de Maiombe (tanto negada pelo general Banza(?) como confirmada por testemunhas locais), em breve pode ser que haja Paz em Angola, de Cabinda ao Cunene.
Por outro lado, não deixa de ser estranho que uma personalidade que, à data dos acontecimentos não era líder da FLEC e que, presentemente, faz parte de uma plataforma de contactos com o Governo de Luanda, o Fórum para a Paz e Diálogo, seja detido.
Sei que politicamente não estarei a ser correcto para os cabindas.
Mas acontece que, ao contrário de alguns analistas, li e estudei o chamado “Acordo” de Simulambuco (diga-se, está disponível, em versão quase integral, na Net); chamo-lhe Acordo, porque os Tratados são assinados entre Estados, ou quem a eles representem, e não entre pessoas cuja autoridade majestática nunca foi reconhecida (sobre Simulambuco, poderão ver artigo que escrevi no jornal Lusófono, em 6/Fev/2004, sob o título “Simulambuco na intangibilidade da actual fronteira angolana” e que está disponível na minha página pessoal).
Mas isso são estórias para outra História que angolanos e cabindas devem fazer sentados à volta de uma mesa sem armas, são estigmas, sem constrangimentos. Uma reunião de irmãos.
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