(foto da BBC)
Será que a morte do jordano Abou Moussab al-Zarqawi e do seu conselheiro espiritual, o xeque Abdel Rahma, irá fazer diminuir a tensão social e política no Iraque e na região – um alívio, nas palavras de Kofi Anann, uma grande derrota para al-Qaeda, segundo Durão Barroso, e uma vitória sobre o terrorismo, nas de Bush –, ou teremos, pelo contrário, o mártir que faltava para fazer eclodir ainda mais o espírito sanguinolento e assanhado de uns quantos?
Um sucessor já parece haver: o egípcio Abu al-Masri, que foi um dos tenentes de al-Zarqawi, parece ser o candidato mais provável à sua sucessão como terá afirmado o general norte-americano William Caldwell.
Por isso, e se tomarmos como exemplo o caso da Somália onde as milícias radicais islamitas da União dos Tribunais Islamitas (UTI) proclamam vitórias sobre vitórias – relembra os talibans no Afeganistão? – sobre os senhores de guerra (agrupados na Aliança para a Restauração da Paz e Contra o Terrorismo, criada com apoio norte-americano) que, de certa forma, estavam legitimados por acordos que lhes davam algum poder no Parlamento e no Governo, ameaçando inclusive avançar sobre a Jawhar, 90 quilómetros ao norte da capital Mogadíscio, onde não só se refugiaram alguns dos senhores da guerra como lá estão as sedes de várias organizações internacionais.
Por algum motivo, um dos principais líderes da UTI, Sheikh Nur Barud, já faz um claro apelo à “guerra contra os ímpios”; uma clara alusão quer aos senhores de guerra apoiados pelos Estados Unidos, quer a George W. Bush que diz estar preocupado com a instabilidade reinante – como se fosse de agora – na Somália.
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