(uma criança somali a quem o Dia Mundial nada diz)
Um caos que a derrota norte-americana e o seu fracassado “Restaurar a Esperança”, em 1992, bem assim a da complacência internacional vai mantendo no Corno de África.
Falo, naturalmente, da Somália e dos senhores da guerra e das milícias que pululam num território que, em tempos, a Comunidade Internacional reconhecia como país.
Falo de uma região que pela sua localização geográfica é como “um Gruyère ou um Parmesão” para os ratos que querem dominar o estreito e a entrada para o Golfo de Adem, para o Mar Vermelho e, subsequentemente, para o Canal de Suez?
De que servem os inúmeros apelos que algumas organizações como a ONU e a alguns dos seus departamentos fazem aos velhos “senhores da guerra” solicitando-os que parem de impedir os civis feridos de receber assistência e protecção durante os confrontos na cidade quando também nesses confrontos estão outros “parceiros” poderosos como as milícias dos “Tribunais islâmicos” que segundo aqueles, estarão ligados à al-Qaeda mas, que, claramente, são financiados por fundos sunitas e por islamitas radicais?
De que serve à Somália ser o único país africano com uma única língua falante (o somali, havendo também quem fale árabe, inglês e italiano) se ninguém se entende?
De que serviu termos “celebrado” o Dia e o Mês de África se no seu seio há uma entidade que não se entende, mantém-se em constante caos e poderá num futuro, infelizmente não longínquo como gostaríamos, estender pelos seus vizinhos e, fatalmente, por uma grande região africana. E o Darfur ali tão perto…
Tantas questões e uma só evidência: um caos perdura há tempo demais em África!!
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