Alkatiri não viu aceite pelo Comité Central da Fretilin a sua intenção de colocar disponível do partido, o seu lugar de premiê (atenção que, a fezer fé naquilo que fui ouvindo ao longo da tarde nas ondas hertzianas, porque estava em viagem, Mari Alkatiri não apresentou a sua demissão mas sim colocou o seu lugar à disposição do partido).
A Fretilin não aceitou a eventual resignação e pediu atmbém a Xanana que não se demita.
À Fretilin foi um direito que se lhe assiste o de manter o seu líder - constitucionalmente, ou não, foi reeelito como tal no Congresso - como primeiro ministro tal como prevê a Constituição.
Agora não entendo é:
1. Porque Xanana tem de se demitir como o "ele... ou eu"?
2. Porque é que a Fretilin quer que Xanana se mantenha na presidência se sabe que ele e Alkatiri já não se respeitam institucionalmente?
3. Perante as demissões que entretanto ocorreram - a de Ramos Horta e de dois ministros da Fretilin - se é de bom-senso manter este status quo?
4. Face às naturais movimentações sociais que esta atitude da Fretilin vai provocar, pensam os seus dirigentes que o povo timorense os vai perdoar?
5. E já agora, por que raio de água, Xanana ameaçou colocar o seu lugar à disposição do presidente da Assembleia Nacional e não toma a atitude que a Constituição lhe confere?
a. Demitir, tão só o primeiro ministro e esperar que a Fretilin apresente um novo nome ou mantenha o nome de Alkatiri assumindo, assim, as consequências do acto que vier a praticar;
b. Demite a Assembleia e convoca novas eleições?
Penso que esta seria a atitude mais correcta e socialmente menos dramática para o país, ou como se escreve em Portugal, para o território - às vezes creio que alguma certa imprensa portuguesa se esquece que Timor-Leste, ou Timor-Lorosae, é independente - mas, bom se o próprio presidente português também o já disse publicamente, já não surpreenderá esta santa ignorância.
Entretanto, o povo timorense vai sofrendo e outros vão-se abotoando com as suas riquezas...
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