11 setembro 2006

Ground Zero, 11 de Setembro de 2001

Cinco anos se passaram desde que uma grande ignomínia fez desmoronar um mundo que conhecíamos.
E nestes cinco anos o que sobejou neste Mundo cada vez mais incrédulo, instável, dependente do terror e mais temente?
Diminuíram os actos de terror? Não! As pessoas estão mais calmas e seguras? Não!
Os Governos ditos ocidentais e cristãos aprenderam com os erros subsequentes? Não! Certos países islâmicos ou tendencialmente islamizados trabalharam melhor para impedir que o terror continue a subsistir ou que os seus países deixassem ser palco de acolhimento de radicais? Não!
Então o que temos?
Um Mundo onde os líderes continuam a insistir no já desgastado discurso de “o combate ao terrorismo é um desafio que exige uma grande mobilização de vontades” (Durão Barroso, presidente da Comissão europeia) ou que os “EUA estão mais seguros” e os “terroristas mais enfraquecidos” (Condoleeza Rice, secretária de Estado norte-americana);
a manutenção das guerras no Afeganistão – cuja a inicial e exacta justificação já perdeu há muito a validade, ou seja a detenção do líder do ataque, – ou no Iraque – quando um recente relatório do Senado norte-americano voltou pôr em causa outra das justificações que levaram à invasão deste país;
e porque continuam a estar a monte os líderes da principal organização fomentadora dos ataques e das suas ramificações?
ou porque bin Laden nunca terá sido “apanhado”? será que os residentes de Langley ou da Pennsivania av. não desejam que seja apanhado? o que poderia, caso capturado vivo, dizer a sua “obra” criada para eliminar os soviéticos no Afeganistão?
Entretanto, o Mundo continua a lembrar a maior infâmia que há memória, o 11 de Março e o 7 de Julho, esquecendo, por vezes, os atentados em Marrocos, na Indonésia, na Turquia, no Iraque, na Arábia Saudita, no Quénia ou no Iémen.

2 comentários:

Anónimo disse...

Excelente 'post', Eugénio!! - abraço, IO.

Kamia disse...

Exactamente.
Em boa hora regressou.