A república malgache vai a votos para as presidenciais embora ainda sem certezas absolutas.
Por um lado é a oposição a contestar a data decretada pelo Tribunal Constitucional devido ao facto do previsível período oficial iria coincidir com a estação das chuvas – ao contrário de um outro país africano quando um dos seus dirigentes terá afirmado que a haver eleições será sempre na época das chuvas –, por outro são militares a tentarem golpes de Estado que impeçam a recandidatura do actual presidente Marc Ravalomanana.
Segundo uma notícia do matutino português Diário de Notícias (edição de hoje, pág. 15 mas que se esqueceram de colocar no seu portal, tal como uma notícia do Congo), o primeiro incidente pré-eleitoral acorreu em Outubro quando Pierrot Rajaonarivelo, exilado em França, foi impedido por três vezes de entrar no país e a sua candidatura rejeitada pelo Tribunal Constitucional; o segundo grave incidente terá ocorrido ontem quando o avião que trazia Ravalomanana da Conferência EU-África foi obrigado a desviar de rota devido a um ataque ao aeroporto por forças afectas ao general Randrianafidisoa (Fidy) que também terá visto o Tribunal Constitucional rejeitar a sua candidatura.
De notar que Fidy foi um dos generais que apoiou Ravalomanana na disputa pós-eleitoral de 2001 que opôs o actual presidente ao autocrático Didier Ratsiraka; na altura ambos declararam vitória; Ratsiraka acabou por aceitar a derrota em Julho de 2002.
1 comentário:
Infelizmente, meu Caro, há outros exemplos de jornais que se esquecem de pôr nos portais "coisas" importantes. Se calhar, digo eu, pensam que o mundo se resume a Portugal...
Kandandu
Enviar um comentário