Há dois países, irmãos na língua, na política e no poder instituído que quando toca a debater, analisar e discutir os seus Orçamentos Gerais do Estado e os respectivos Planos são sempre surdos e obstinadamente teimosos nas defesas das suas damas.
Refiro-me, naturalmente, a Portugal e a Angola.
Quanto a Portugal, toda a gente sabia, excepto, pelos vistos, os máximos dirigentes governativos que detém o pelouro da Economia, que o OGE quando foi apresentado já estava desfasado da realidade económica nacional e, subsequentemente, sobre efeitos da crise mundial que atingiu a província eurocrata a norte de Marrocos.
Todos avisaram, até alguns dos seus correligionários políticos, como o governador do Banco de Portugal (BdP) – pensava que desde a criação do Banco Central Europeu (BCR) que o antigo BdP passou a ser uma sucursal do BCE mas… devo estar enganado ou alguém ainda não avisou o BdP e o Governo português do erro –, mas o poder instituído e que manda nas finanças portuguesas fizeram ouvidos moucos. Talvez saibam mais do que nós que andamos a contar, cada vez mais os cêntimos que nos acompanham; porque sobre os euros esses só se vêem nas contas bancárias…
Mas o Governo português já admitiu que talvez tenha de apresentar um OGE rectificativo.
Já sobre Angola, quando foram apresentados o OGE e o Plano o Governo foi alertado da impossibilidade de contar com a manutenção do preço do crude nos preços sobre os quais assentavam o dois programas financeiros e económicos que vão gerir o País.
Mas como o optimismo é um dos factores que animam os angolanos e o Governo não poderia fugir à regra, manteve o valor de referência para o preço do barril de crude e, passados poucos dias, constatou que as vozes sensatas na Assembleia e nas análises político-económicas não eram só para criticar mas válidos alertas.
Por isso não estranhou que no final do ano os nossos dirigentes máximos tenham anunciado a talvez necessária apresentação de um Orçamento rectificativo. Só que parece que não chega como se pode inferir das palavras do Ministro do petróleo, Botelho de Vasconcelos que não só reconheceu que Angola (ao contrário do que sempre disseram) não iria escapar à crise financeira mundial como seria necessário tomarem-se medidas para aumentar o preço do crude.
Se não fossem os dois tão teimosos saberiam que o tempo que se vai gastar com os rectificativos poderíamos dispensar esse tempo em questões mais interessantes.
No caso português como relançar a sua agricultura – os que vivem aqui já estão fartos dos calibres eurocratas e dos sabores sensaborões das frutas e legumes – ou as pescas porque uma alimentação regrada não se faz só de carnes.
Quanto Angola há um problema chamado revisão da Constituição para que possamos, ainda este ano e como inicialmente previsto, colocar as nossas cruzinhas – parece que a Emigração ainda não – nas presidenciais; ou canalizar mais fundos para o combate às epidemias que pululam junto das nossas fronteiras, porque um milhão de casas se não se fizerem em 4 anos fazem-se em 8 ou mais anos, enquanto a saúde é um bem imediato; para quê casas se o povo estiver doente, faminto ou sem condições de salubridade…
Refiro-me, naturalmente, a Portugal e a Angola.
Quanto a Portugal, toda a gente sabia, excepto, pelos vistos, os máximos dirigentes governativos que detém o pelouro da Economia, que o OGE quando foi apresentado já estava desfasado da realidade económica nacional e, subsequentemente, sobre efeitos da crise mundial que atingiu a província eurocrata a norte de Marrocos.
Todos avisaram, até alguns dos seus correligionários políticos, como o governador do Banco de Portugal (BdP) – pensava que desde a criação do Banco Central Europeu (BCR) que o antigo BdP passou a ser uma sucursal do BCE mas… devo estar enganado ou alguém ainda não avisou o BdP e o Governo português do erro –, mas o poder instituído e que manda nas finanças portuguesas fizeram ouvidos moucos. Talvez saibam mais do que nós que andamos a contar, cada vez mais os cêntimos que nos acompanham; porque sobre os euros esses só se vêem nas contas bancárias…
Mas o Governo português já admitiu que talvez tenha de apresentar um OGE rectificativo.
Já sobre Angola, quando foram apresentados o OGE e o Plano o Governo foi alertado da impossibilidade de contar com a manutenção do preço do crude nos preços sobre os quais assentavam o dois programas financeiros e económicos que vão gerir o País.
Mas como o optimismo é um dos factores que animam os angolanos e o Governo não poderia fugir à regra, manteve o valor de referência para o preço do barril de crude e, passados poucos dias, constatou que as vozes sensatas na Assembleia e nas análises político-económicas não eram só para criticar mas válidos alertas.
Por isso não estranhou que no final do ano os nossos dirigentes máximos tenham anunciado a talvez necessária apresentação de um Orçamento rectificativo. Só que parece que não chega como se pode inferir das palavras do Ministro do petróleo, Botelho de Vasconcelos que não só reconheceu que Angola (ao contrário do que sempre disseram) não iria escapar à crise financeira mundial como seria necessário tomarem-se medidas para aumentar o preço do crude.
Se não fossem os dois tão teimosos saberiam que o tempo que se vai gastar com os rectificativos poderíamos dispensar esse tempo em questões mais interessantes.
No caso português como relançar a sua agricultura – os que vivem aqui já estão fartos dos calibres eurocratas e dos sabores sensaborões das frutas e legumes – ou as pescas porque uma alimentação regrada não se faz só de carnes.
Quanto Angola há um problema chamado revisão da Constituição para que possamos, ainda este ano e como inicialmente previsto, colocar as nossas cruzinhas – parece que a Emigração ainda não – nas presidenciais; ou canalizar mais fundos para o combate às epidemias que pululam junto das nossas fronteiras, porque um milhão de casas se não se fizerem em 4 anos fazem-se em 8 ou mais anos, enquanto a saúde é um bem imediato; para quê casas se o povo estiver doente, faminto ou sem condições de salubridade…
1 comentário:
Muita coisa falta em Angola e por cá também.
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