Uma, talvez, se deve à eventual descrença que os Bissau-guineenses já têm da sua classe política e da sua Justiça que não consegue descobrir os autores dos assassinatos de Nino Vieira, de Na Waié – o ministério da Justiça, no início de Maio, previa a apresentação de um relatório sobre as referidas mortes num prazo de uma semana e já lá vão quase dois meses –, de Baciro Dabó, ou Hélder Proença ou onde se encontram aqueles que estão algures em parte incerta, embora sob custódia conhecida.
Poder-se-ia pensar que uma parte significativa dos abstencionistas apoiavam ou o candidato assassinado ou algum dos dois(?) desistentes, pois poder-se-ia, e naturalmente, assim pensar, mas não será reduzir a dúvida ao seu mais baixo valor?
Por outro lado também não me parece viável a ideia que os Bissau-guineenses já sabendo que a vitória poderá pender para um dos três candidatos favoritos, Bacai Sanha, apoiado pelo aparelho de Estado e do partido PAIGC, Moammed Kumba Yalá, que joga na questão étnica, ou não pertencente ele à maior comunidade do País, e que já verborreava vitória, ou Henrique Rosa, antigo presidente interino, que ia como independente, achassem que mais voto menos voto as contas estariam feitas… e se alguém assim pensa, é porque algo de muito grave está acontecendo e é preocupante. (...)" (continuar a ler aqui ou aqui)
Publicado hoje no , "Colunistas"
1 comentário:
Porque aventurariam de baixo da chuva…se soubessem que os seus votos nao façam diferença nenhum, e que o ultimo vencedor…ou vencedores para as segundas…ja é/sao de consenso comum…
Afirmo sim, 40% de abstencao…foi uma forma de protesto contra uma notavel ingerencia dos Hipocritas de sempre (França e Portugal, notalvelmente neste caso)!!! A conciencia do povo Guineense nao se compra facilmente e a nossa terra, Guiné-com toda a pobreza, é inegocialvel!!!
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