30 julho 2009

Quem seria realmente o alvo?

(a minha homenagem e o meu lamento)

A deputada Beatriz Salucombo, eleita nas listas do MPLA pelo círculo Nacional (foi a 105ª), foi alvejada a tiro na noite de quarta e terá falecido hoje na sequência dos disparos; deplora-se, veementemente, este assassinato, não só porque coloca em causa a ideia de segurança que se deseja para o País, nomeadamente, em vésperas do CAN 2010 como pelo facto de ter ocorrido na véspera de mais um Dia da Mulher Africana.

Mas será que o alvo era a deputada ou terá sido uma vítima colateral?

Segundo as notícias veiculadas pelos diferentes meios de Comunicação Social, também o seu irmão, que ter-lhe-ia dado boleia para casa, terá igualmente sucumbido aos tiros que teriam vindo de pessoas que se fariam transportar num todo-terreno.

É que, só por mero acaso(?), o irmão era só o supertintendente-chefe, António Neves, dos Serviços de Migração e Estrangeiros (SME) entidade que, ultimamente, tem andado muito activa “devolução” de ilegais (como os
ocorridos, no Lubango, já este mês).

Mas também não se deve esquecer o impacto nunca deveras esclarecido da detenção de alguns funcionários, em 2005, como terão escrito, há época, o
AngoNotícias citando o VOA, e a Panapress. E, não me recordo, nem a Internet o mostra, de se saber mais do assunto…

Já agora, talvez que a morte da desditosa deputada possa ajudar a esclarecer também a morte de outro antigo deputado professor-engenheiro
M´fulupinga N’Landu Victor, do PDP-ANA, acontecida já há 5 anos, e que, se a memória não me falha, e apesar das autoridades afirmarem que o caso não está esquecido não me recordo de o ver clarificado e o(s) autor(es) detido(s) e julgado(s).

Coincidências, claro!!

2 comentários:

Orlando Castro disse...

Coincidências, como é óbvio. Aliás, democracia que se preze tem de ter destas coincidências. Ou não será?

Kdd

Michal disse...

Great
kamagra