"O Governo português apresentou, conforme manda a Constituição – incompleto mas isso já é normal – a proposta de Orçamento Geral do Estado (OGE) para o ano 2011 com naturais reduções como impõem os diferentes Organismos internacionais e a própria União Europeia para fazer face ao normal e constante défice que Portugal padece.
Vários cortes nos diferentes Ministérios se registam, mas há alguns que viram, ao contrário do que seria expectável ou compreensível, aumentados os seus Orçamentos como adiante se refere.
Alguém me pode explicar porque é que em tempo de crise a Presidência do Conselho de Ministros vê aumentado o seu orçamento em mais de 13% (conforme gráfico do matutino Diário de Notícias de 17/10/2010, págs. 8 e 9) /foto 2 - sublinhado enquanto a Cultura só teve um aumento de 2% e a Educação, pilar da Sociedade, a Segurança Social – cavalo de batalha do partido que suporta o governo Socretino – e a Saúde vêm reduzidos em mais de 10% os respectivos orçamentos. Não quero que me espiliquem, só quero entender…
O aumento será para continuar a manter o líder do governo Socretino entre os mais bem vestidos da Europa? Não quero que me espiliquem, só quero entender…
Também se torna incompreensível o substancial aumento no Ministério da Agricultura e Pescas do governo Socretino, quando ao longo dos anos os sucessivos Governos portugueses têm vindo a aconselhar o abatimento de frotas de pescas e redução ou transformação das áreas agricultadas? Não quero que me espiliquem, só quero entender…
Porque é que a Defesa, outro dos pilares básicos da Sociedade vê o seu orçamento reduzido em 11% (na prática será muito mais, dado que têm de pagar o segundo e necessário submarino apesar dos protestos utópicos do Bloco de Esquerda)? Não quero que me espiliquem, só quero entender…
Já agora, será que o governo Socretino pode explicar o porquê da substancial redução ao apoio à Diálise? Será que esse governo pensa que as pessoas fazem diálise por “dá aquela palha” como estivessem a comprar medicamentos por cada dor de cabeça que têm? Não quero que me espiliquem, só quero entender…
Pois é, não quero que me espiliquem, só quero entender estas e outras incongruências..."
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