Está de visita a Angola o senhor Yang Hyong Sop, vice-presidente da República Popular da Coreia, vulgo Coreia do Norte.
Segundo a imprensa este senhor veio tratar de assuntos relacionados com a cooperação entre os dois países.
Pessoalmente não sei a que cooperações se referem; até porque, de acordo com a Angop, as delegações coreano-angolana vão proceder à assinatura de “um processo verbal” (Angop(sic) – alguém me explica o que isto é?).
Bom, volto a questionar. Que acordos de cooperação podem ser assinados com um dos países mais atrasados no seio internacional?
1. Agricultura? Duvido. A Coreia do Norte pauta por ser dos países onde a fome mais se faz sentir, havendo necessidade dos países limítrofes lhe fornecerem víveres e cereais;
2. Indústria; prefiro rir em surdina;
3. Pesca? Só se for de submarinos e navios ocidentais que sulquem as águas angolanas
4. Serviços; quais?
Bom, só vejo uma coisa onde eles podem nos fornecer um valioso “know-how”… é na energia nuclear.
Mas não me recordo de ouvir Angola afirmar estar a cogitar ou desenvolver quaisquer planos para o desenvolvimento de energia nuclear,
Ou será que este começa a ser o pagamento da factura chinesa?
Não esquecer que a Coreia do Norte, que há relativamente pouco tempo uma jornalista confundiu com a do Sul, quando lhe chamou uma ditadura, está quase totalmente excluída do Sistema Internacional.
Quase, porque só a China mantém a sua protecção a este território, impedindo-o de se unir ao do Sul.
Por isso volto a questionar. O que é que, realmente, consta da visita do senhor vice-presidente da Coreia do Norte?
2 comentários:
Olá!
Um do sproblemas dos comentadores que se arrogam de tudo saberem como são os do chamado Ocidente - no pior sentido da palavra, entenda-se - é subordinarem tudo aos interesses e a partir dos americanos.
Uma das (poucas) qualidades que reconheço às autoridades angolanas após independência,é exactamente essa marcação pouco consentânea com esses mesmos inetresses. Quero dizer, até há pouco tempo, faziam por se demarcar de tal dislate, ao contrário dos portugueses, que mesmo com Freitas do Amaral, ainda agora se sentem na necessidade de dizer a barbaridade de que não vão ter a mesma posição de Zapatero em relação ao grande império.
Vocês não conseguem compreender Angola e eu não consigo compreender tamanha subjugação.
E querem compreender Angola!!!
Para bom entendedor....
Pois caro Rodrigues Vaz...
Acredite, ou não, não o entendi. Porque se algo me podem acusar, e têm-no feito, é de parecer anti-americano e às acvusarem-me de Zedu. Por isso... deve ter sido deficiente interpretação minha.
Eugénio
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