José Sócrates, o indigitado primeiro-ministro português apresentou hoje o seu elenco de onde ressalta o nome de Diogo Freitas do Amaral, para Ministro dos Negócios Estrangeiros, cargo que já ocupou em 1980 quando, simultaneamente, foi vice-primeiro ministro nos Governos AD de Sá Carneiro e Pinto Balsemão (1980-1982) e presidente da 50ª Assembleia Geral da ONU, em 1995-96.
De notar que Freitas do Amaral foi fundador e presidente do CDS-PP nos períodos de 1974 a 1982 e de 1988 a 1991, altura em que saiu e se desvinculou para ser candidato, derrotado, às presidenciais portuguesas.
Freitas do Amaral tem a seu favor o facto de um dirigente angolano ter afirmado que as relações entre África e Portugal eram mais fortalecidas quando existiam governos portugueses de direita em contraponto aos governos de esquerda. De notar que na altura (e ainda hoje persiste) as relações com a família Soares estavam muito tensas.
Como referi num artigo do Angonotícias, em inícios de Fevereiro passado, os programas eleitorais dos partidos políticos portugueses eram muito fraquinhos no que dizia às relações externas lusas; no do PS referia que era necessário reforçar “... o nosso relacionamento político e diplomático, designadamente no espaço da CPLP”. Não mais.
Como ainda não conhecemos o Programa de Governo, que é de esquerda, - que só deverá ser empossado no próximo dia 12 - nem os futuros Secretários de Estado (vamos lá ver se irá ser criada uma Secretaria vocacionada para os PALOP) vamos dar o benefício de dúvida a este elenco e aos MNE indigitado.
Pessoalmente não tenho em boa conta no tempo que esteve no MNE nem no período em que foi presidente da Assembleia-Geral da ONU.
Todavia, as pessoas vão-se aperfeiçoando e melhorando.
Esperemos.
As relações com África o exigem.
Mas como é um governo de esquerda…
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