No II Congresso do Movimento Pró Pace que está a decorrer em Luanda foi hoje debatido o tema “Liberdade de Imprensa e Democracia” a “muito deficiente” liberdade de imprensa que existe no país, conforme defendido por Ismael Mateus, ex-Secretário Geral dos Jornalistas Angolanas.
Ismael Mateus advoga a criação de um Conselho Nacional para a Comunicação Social mais eficiente e apoiou a tese católica de expansão da Rádio Ecclesia a todo o país.
Esse foi também um dos momentos mais altos do dia. Dom Gabriel Mbilingi, vice-presidente da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé (CEAST) e Bispo de Luena, afirmou que a Ecclesia deveria ser totalmente autónoma e não depender de redifusores para levar a palavra a todo o país.
Na óptica daquele prelado não faz sentido a Igreja ter retomado a posse da Ecclesia (nacionalizada pelo governo socialista do MPLA após a independência) e continuar dependente de terceiros, conforme determina a lei, para fazer ouvir a sua voz.
Ora Dom Mbilingi, não entende como pode Angola erigir a flâmula da liberdade e da independência se “no tempo de Salazar, a Ecclesia já cobria toda Angola” e como se pode “entender agora a discriminação dos fiéis e cidadãos das outras províncias do pais?”
Se o Ministro da Energia e Águas, Botelho de Vasconcelos, afirma que o governo reconhece o papel importante da comunicação social como agente de modernização da sociedade e prestadora de um serviço de informação e formação e assume nos dias de hoje (seja pública ou privada) um papel importante na divulgação das acções e programas que visam a melhoria do bem-estar da população, como se entende os entraves à expansão radiofónica das emissoras privadas emergente ou em vias de aparecer.
Depois surpreendem-se quando surgem perguntas como a que fiz no AngoNotícias e aparece comentários anexos como os que lá li.
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