25 junho 2007

Não sou apoiante de ninguém!

Não há nada como tirar uns diazinhos de férias, mesmo que seja um fim-de-semana, para ver que tudo está na mesma até o diz-que-disse.
Acabei de ler a Manchete do Notícias Lusófonas com o título “Começou a guerra contra os que pensam diferente” sobre as eleições internas da UNITA escrita por Aristides Pascoal.
Dentro, no corpo, há uma pequena referência a mim e a uma eventual tomada de posição relativa ao pleito eleitoral, considerado – ou pelo menos assim o deveria ser – democrático para a presidência da UNITA.
O articulista que, honestamente, não sei ou penso não saber quem seja, alerta que, e passo a citar, no “site da UNITA na Europa (www.unitaeuro.com) já é bem visível a limpeza ordenada pelo secretário para a informação. Textos de referência, como os de Eugénio Costa Almeida e Orlando Castro, foram banidos por, segundo as nossas fontes, “ordem expressa, directa e pessoal” de Adalberto da Costa Júnior” tudo porque os visados “manifestaram posições contrárias às da Direcção da UNITA”.
De uma coisa podem estar certos.
Tenho por princípio não me preocupar com o que se diz ou pensa de mim.
Até porque, como alguém já uma vez afirmou, a mim não me preocupa que falem bem ou mal de mim. A mim o que me preocupa é não falem.
E, pelos vistos, ainda há quem perca tempo em falar de mim mesmo que seja para transmitir eventuais disparates.
E não falo do articulista que, como já afirmei, não penso conhecer e se limita a citar fontes próximas da Direcção.
Porque vou dar crédito ao articulista terei de alertar o senhor Adalberto da Costa Júnior que nunca fui eu que me pus de bicos de pés para aparecer no UnitaEuro mas foi o portal que lá colocou artigos meus por nele saberem – ou alguém lhes transmitiu – que era próximo da UNITA e por haver artigos que claramente a isso indiciam.
Caro Adalberto posso – e tenho – opções políticas. Por causa delas já quiseram erradicar-me do Notícias Lusófonas quando o tentaram comprar.
A mim e a outros que como eu preferem falar do que asfixiar com alguma verdade que deveria ser dita e o não foi. Relembro que nessa altura também o Orlando Castro, Fernando Casimiro e Jorge Eurico foram quase proscritos.
Nessa altura não o conseguiram.
E não é agora, só porque continuo a achar que a UNITA já fez e teve o seu importante papel no GURN que me irei calar ou deixar de escrever o que penso.
Podem não gostar. Tal como eu também não gosto de muita coisa.
Mas não pensem que só por não concordar me terão logo de rotular.
Não apoiei nem apoiarei ninguém para a presidência da UNITA.
Tem de ser os seus militantes, aqueles que pagam quotas e votam nas bases que o tem de eleger.
A mim caber-me á a responsabilidade cívica de aceitar que for eleito e se decidir abraçar a causa política responder perante o presidente eleito que terá sido, certamente, por via democrática e transparente.
Até lá deixem de rotular quem quer que seja.
Por mim vou acreditar que houve um pequeno lapso de interpretação por demasiada extensão.
Porque, caso contrário e como sublinhou o articulista Aristides Pascoal, atitudes destas só beneficiam quem não o deveria ser.
Quem?
Basta ler o último parágrafo do artigo da Manchete acima referenciado!
E, enquanto isso, o povo angolano vai desesperando por eleições e a Diáspora não pode se envolver…
Inicialmente publicado no - Colunistas

Sem comentários: