(Chiluba entre Eduardo dos Santos e Savimbi, em Maio de 1995; ©foto daqui)
Só foi há 12 anos que esta foto foi chapada. Chiluba, então o primeiro presidente eleito da Zâmbia independente, juntou Eduardo dos Santos e Jonas Savimbi, no que seria chamado de Acordos de Lusaka.
Nessa altura, já tinha acontecido uma reunião entre a troika, que controlava os Acordos de Bicesse, e os dois líderes dos principais candidatos às eleições legislativas que ir-se-iam realizar no final de Setembro de 1992, onde se sagrava um protocolo que 15 anos depois ainda persiste na sua versão inicial.
Nessa reunião de 7 de Setembro, ficou consagrado que, qualquer que fosse o resultado eleitoral, os dois movimentos/partidos formariam um Governo de Unidade e Reconstrução Nacional (GURN) em prole do engrandecimento e da consolidação da Paz angolana.
Foi há 15 anos!
Depois disso houve eleições legislativas e a não consumada eleição presidencial; e, durante anos, não houve mais Paz, nem mais sossego e nem Angola se tornou a Nação que todos desejávamos. E, por isso, não mais houve eleições.
A Guerra e a falta da Paz eram as principais razões para as não haver.
E, agora, não há mais a falta de PAZ para a sua desculpa.
Depois do “Mais Velho” ter sido morto nas chanas do Leste, em Fevereiro de 2002, estamos sem saber, com clareza, quando haverá eleições.
O registo eleitoral já há. Só que não é para todos. Mas há! E as eleições? serão para quando?
Enquanto isso, os angolanos vão sendo governados por um GURN onde alguém comanda mais, um partido manda e outro se cala. Até quando?
Quando é que vamos ter em Angola um governo saído de umas eleições livres, justas e não inquinadas?
Este texto foi, inicialmente, publicado como artigo no , de hoje, sob o título "O GURN foi há 15 anos, mas o futuro tarda"
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