No fim-de-semana – mais propriamente na passada sexta-feira – os marroquinos foram às urnas para eleger o novo parlamento. Foram, é uma forma de dizer. Apesar de incentivados pela Comunicação Social e pelo próprio monarca, só 37% (oficializados) dos marroquinos cumpriram a sua obrigação cívica: depositar o voto. E ainda há quem reclame porque não lhes deixam fazer o mesmo, votar…
E esta abstenção poderia pôr a Europa, em geral, e a Península Ibérica, em particular, de prevenção máxima. Embora, também, a África magrebina estivesse de alerta.
Um dos principais e mais importantes candidatos – daí que uma parte significativa da CS se predispôs a incentivar ao voto – era o partido islamita que se posicionava como possível vencedor.
Felizmente, o tempo o dirá, os islamitas foram, a par do voto, um dos dois maiores derrotados destas eleições; segundo as últimas projecções os islamitas do Partido da Justiça e Desenvolvimento (PJD) não obtiveram mais que 47 assentos – o PJD apontou sempre para 80 deputados – e os socialistas da USFP, a anterior primeira força do Parlamento, quedaram-se pelo 5º partido mais votado.
Se em termos democráticos o grande vencedor foi o rei Mohammed VI – temiam que a sua posição pudesse ser, eventualmente, posta em causa com a vitória do PJD –, dado ter sido um dos maiores impulsionadores das legislativas, já em função do voto, os vencedores foram os nacionalistas do Istiqlal que obtiveram 16% dos votos e 52 assentos num universo parlamentar de 325 deputados. A terceira força foi Movimento Popular (MP) (rural e berbere), com 43 lugares, seguidos dos independentes liberais do Grupo Nacional Independente (RNI), com 38 assentos, e dos socialistas da União Socialista das Forças Populares (USFP) com 36 deputados no Parlamento.
Num primeiro relance, parece que os 5 partidos (Istiqlal, MP, RNI USFP mais o Partido do Progresso e do Socialismo (PPS), que obteve 14 cadeiras), que governavam coligados, desde 2002, na kutla (bloco) democrático devem voltar a fazê-lo sem necessidade que chamarem os islamitas. A única “nuance” será que, desta vez, caberá aos líderes do Istiqlal nomearem o novo Chefe de Governo.
Só que manda o bom-senso não desprezar a força islamita, principalmente quando uma das suas batalhas – e, diga-se em abono da verdade, da larga maioria dos marroquinos – prende-se com a devolução dos territórios espanhóis em Marrocos.
Esperemos pelos próximos desenvolvimentos e pelas reacções dos islamitas, apesar de haver quem os considerem como moderados dado serem estes quem, actualmente, lideram o PJD.
Outra questão que se põe, prende-se com o Sara (ou Saara, ou Sahara) Ocidental (RASD).
E esta abstenção poderia pôr a Europa, em geral, e a Península Ibérica, em particular, de prevenção máxima. Embora, também, a África magrebina estivesse de alerta.
Um dos principais e mais importantes candidatos – daí que uma parte significativa da CS se predispôs a incentivar ao voto – era o partido islamita que se posicionava como possível vencedor.
Felizmente, o tempo o dirá, os islamitas foram, a par do voto, um dos dois maiores derrotados destas eleições; segundo as últimas projecções os islamitas do Partido da Justiça e Desenvolvimento (PJD) não obtiveram mais que 47 assentos – o PJD apontou sempre para 80 deputados – e os socialistas da USFP, a anterior primeira força do Parlamento, quedaram-se pelo 5º partido mais votado.
Se em termos democráticos o grande vencedor foi o rei Mohammed VI – temiam que a sua posição pudesse ser, eventualmente, posta em causa com a vitória do PJD –, dado ter sido um dos maiores impulsionadores das legislativas, já em função do voto, os vencedores foram os nacionalistas do Istiqlal que obtiveram 16% dos votos e 52 assentos num universo parlamentar de 325 deputados. A terceira força foi Movimento Popular (MP) (rural e berbere), com 43 lugares, seguidos dos independentes liberais do Grupo Nacional Independente (RNI), com 38 assentos, e dos socialistas da União Socialista das Forças Populares (USFP) com 36 deputados no Parlamento.
Num primeiro relance, parece que os 5 partidos (Istiqlal, MP, RNI USFP mais o Partido do Progresso e do Socialismo (PPS), que obteve 14 cadeiras), que governavam coligados, desde 2002, na kutla (bloco) democrático devem voltar a fazê-lo sem necessidade que chamarem os islamitas. A única “nuance” será que, desta vez, caberá aos líderes do Istiqlal nomearem o novo Chefe de Governo.
Só que manda o bom-senso não desprezar a força islamita, principalmente quando uma das suas batalhas – e, diga-se em abono da verdade, da larga maioria dos marroquinos – prende-se com a devolução dos territórios espanhóis em Marrocos.
Esperemos pelos próximos desenvolvimentos e pelas reacções dos islamitas, apesar de haver quem os considerem como moderados dado serem estes quem, actualmente, lideram o PJD.
Outra questão que se põe, prende-se com o Sara (ou Saara, ou Sahara) Ocidental (RASD).
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Este apontamento foi citado e publicado na rubrica "Hoje Convidamos.." do Demoliberal.
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