20 setembro 2007

Miala condenado!?

(DDR)
Apesar de todos os indícios parecerem indicar no sentido contrário, até porque os discursos no Tribunal a isso pareciam indiciar, aliado à forma como o julgamento decorreu, o general Fernando Miala, antigo director do SIE, acabou por ser condenado a 4 anos de detenção.
Ou seja, parece que a montanha não pariu um rato, mas…
Além dele dois dos seus três colaboradores foram, igualmente, condenados a penas que variam entre seis meses e dois anos (e o terceiro, foi ilibado? ou é o que está adoentado e leva a leitura posteriormente?).
Veremos quais as razões que o Tribunal evocou para a condenação, como ela se irá proceder e como irão recorrer – porque por certo os advogados o irão fazer – da sentença os condenados.
Algo me diz que a magnanimidade presidencial – que deve desejar, e de certeza o deseja, que lhe digam sempre a verdade – vai comutar em pena e evitar que se faça mais barulho sobre um assunto que ainda não foi cabalmente explicado e em que parece ter havido influências extra-jurídicas – e que o Tribunal, por certo, é alheio – para que o mesmo não fosse devidamente esclarecido no Supremo Tribunal Militar.
Note-se que Miala estava a responder por um facto que, só indirectamente, estava relacionado com a questão “Fevereiro 2006” denunciado pelo moçambicano “Canal de Moçambique”. A acusação que prevaleceu foi a de insubordinação por não se ter apresentado para a desgraduação e ao que parece nunca ter existido razões para tal dado que ele nunca chegou a ser promovido ao posto imediato. Também nunca se entendeu, ou talvez porque o assunto não tinha mesmo nada a ver com o caso “Fevereiro 2006” que não tenha sido autorizada acareação entre Miala e certas testemunhas acusatórias e, ou, abonatórias..
Onde está a acusação mais grave que levou à sindicância pedida pelo presidente dos Santos e que se prendia com uma eventual apropriação de funções, por parte de Miala, que não lhe estavam confiadas?
Relembro-me que foi uma notícia do um órgão de Comunicação Social, que alguém quer manter restrito a Luanda e pouco mais, quem tornou público uma primeira notícia sobre o “caso Miala”. Interessante que o portal que mais próximo se encontra desse órgão comunicacional, por acaso radiofónico, está desde o meio da manhã indisponível ao contrário do seu “irmão” mais velho já quase dasactivado.

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