O silêncio do que se pensa e não se diz ou escreve é por vezes, e não poucas vezes, mais inciso e gritante do que o que se escreve (o artigo que se segue deve ser complementado com dois importantes artigos e apontamentos aqui e aqui colocados; só assim será melhor entendível).
"Há quem não goste que se escreva, diga ou palestre sobre certos assuntos. E se os assuntos estão na génese da crítica aos pretensos ditadores e claros autocratas para quem as eleições são um devaneio de uns quantos nunca efectuado, então aí as ameaças mais que “fascinantes” são-no efectivas e claras. Tudo isto porque alguns angolanos não gostam de calar o que pensam, mesmo que isso os obrigue a pensar e sentir 24 horas da sua vida pela vida daqueles que mesmo querendo pensar – e pensam – não conseguem fazer-se ouvir nem conseguem chegar aos meios comunicacionais para apresentarem os seus pontos de vista.
E por isso alguns pretensos bajulo-ditadores – por certo ao arredio do interesse das cúpulas nacionais e mesmo partidárias – ameaçam a vida privada de quem se sente capaz de ser arauto da verdade – mesmo que seja a sua verdade, embora pense e produza como verdade de todos – sem se preocuparem com os efeitos que provocam.
Por isso, muitos desses bajulo-ditadores conseguem sobreviver, quais macacóides em árvores de ramos finos, porque habituaram-se em estar de bicos-de-pés e, com isso, estragarem os sapatos e endurecerem os dedos que lhes permite estarem pendurados quais ratos, quais múcuas. (...)" (continue a ler o texto acedendo no título infra)
Artigo publicado como Manchete no , em 18-Set-2007, com o título "Há sempre uma razão para também dar voz a quem a não a tem!"
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