22 maio 2012

CEDEAO posta em causa por causa dos golpes…


Supostamente a CEDEAO como organização regional dentro da União Africana e a esta subordinada – assim o pensamos – deveria condenar, com todas as forças toda e qualquer atitude que pusesse em causa os princípios constitucionais dos seus Estados-membros e,, naturalmente, Estados subscritores das determinações dimanadas da Comissão da União Africana e dos seus Conselhos de Ministros.

Deveria, mas como recentemente verificámos com os golpes de Estado no Mali e na Guiné-Bissau isso não está a acontecer.

Ou seja, quando caminhamos para a celebração dos 49 anos da Unidade Africana constatamos que ainda perdura a vontade das armas – a grande maioria dos Golpes de Estado têm forças castrenses por detrás – ou a supremacia neocolonial – quase sempre nas crises da África Central e do Sahel, está o Quai d’ Orsay / DGSE e ou o Foreign Office / SIS.

Pois ao arrepio de tudo o que a União Africana tem preconizado e declarado, a CEDEAO, apesar de criticar e sancionar os golpistas não só nada fez contra eles como tem implantado novos Presidente e Governos.

Foi assim no Mali onde o novo presidente reconhecido pela CEDEAO é o líder golpista como o foi na Guiné-Bissau onde o presidente em exercício até futuras – nem que seja lá para as calendas – eleições é o antigo presidente da Assembleia Nacional Popular e, pasme-se – ou talvez não – o terceiro posicionado nas recentes e não completadas eleições presidenciais, Serifo Nhamadjo, e um Governo decidido entre os golpistas e as poucas fontes que os apoiam.

Se na Guiné-Bissau ainda há alguma poeira no ar, embora sem grandes tempestades, no Mali manifestantes invadiram o palácio governamental e agredira o líder colocado no poder por acordo entre golpistas e CEDEAO que teve de obter tratamento.

Triste, deplorável, que os dirigentes da CEDEAO também lá não estivessem para poderem melhor ponderar o que lhes pode esperar.

É que um dos supostos actuais líderes da CEDEAO e seu actual presidente em exercício, parece andar a esquecer como chegou ao poder…

3 comentários:

Anónimo disse...

Festa na floresta
Era uma vez uma floresta tropical.
Esta floresta tinha árvores grandes e pequenas, tinha rios e riachos, tinha ervas, tinha capim;
Esta floresta tinha chuva, tinha sol; Tinha vida!
A floresta também tinha animais; todos os animais;
Tinha Leões, gazelas, lobos, tigres, hipopótamos, macacos, cães, porcos etc.;
Tinha também djugudés, camaleões e morcegos.
Os animais nem sempre viveram em harmonia, mas entendiam-se porque viviam todos na mesma floresta. A floresta era de todos!
Um dia veio a tempestade… uma tempestade que espalhou areia branca por toda a floresta.
Os animais começaram a desentender-se. A harmonia foi substituída pelo desentendimento, pela cegueira, pela morte.
Alguns animais, os macacos, julgaram-se “donos da floresta”. Armaram-se.
- Esta floresta não é de todos, é apenas nossa. Vamos fazer uma grande festa na floresta.
- Somos os “deus” da vida e da morte.
- O nosso chefe é o rei da floresta!
- Os porcos, que são nossos primos estão convidados para o banquete.
- Os djugudés, primos dos porcos, também estão convidados.
- A floresta é nossa!
- A floresta é do nosso rei. Viva o rei dos macacos!
- A floresta é também dos porcos que são nossos primos;
- A floresta também é dos djugudés que são primos dos porcos;
- Os djugudes são primos dos camaleões e estes dos morcegos…

- A floresta é nossa!

E assim a floresta vai andando sem paz e sem harmonia. A tempestade continua, tempestade de areia branca. TCS (Guineense)

ELCAlmeida disse...

Como sabem, e já isto foi por mais de uma vez aqui atestado com o limpar linear das mensagens assim, quando são anónimas não são consideradas.
Todavia, abri aqui uma excepção - como com toas as regras - porque achei interessante, não insultuoso e vou aproveitar como conto guineense para o Malambas.
Uma vez e não repitam por favor.
Identifiquem-se!
cumprimentos
Eugénio Almeida

Retornado disse...

De golpe em golpe até ao fim de um palop.

Os vizinhos da Guiné-Bissau, sabem muito bem como transformar a Guiné-Bissau num novo Casamance.