(Hugo Chávez e o seu homólogo gambiano, Yahya Jammeh, foto daqui)
O presidente venezuelano Hugo Chavez, de visita à Gambia para uma reunião da União Africana onde está como observador desde o ano passado, apelou aos africanos que façam uma frente comum contra os Estados Unidos (EUA).
Para Chavez não é possível que o continente africano rico em recursos naturais como o petróleo e minerais preciosos continue a estar na cauda do desenvolvimento social e económico e seja explorado, primordialmente, por interesses norte-americanos, nomeadamente nos hidrocarbonetos.
Tem razão o senhor Chavez, com quem, desta vez – alguma vez devíamos de estar de acordo –, concordo em absoluto com esta tomada de posição.
Mas para isso, é necessário que alguns dirigentes africanos não continuem a desbaratar os milhares de dólares – poucos, ou não, é o menos importante – que os EUA lhes disponibiliza, para viagens, turismos filiais encapotados como viagens de estudo, em reforçar os seus quase particulares serviços militares ou militarizados, ou despachar para contas seguras em off-shores ou na Suiça
Esquecem-se que esses recursos são, prioritariamente, dados para desenvolver educacional e socialmente os seus povos, para debelar doenças, para desenvolver as suas economias, efectuar obras públicas e de saneamento etc. ah! E para comprar algumas armasitas.
Só que, senhor Chavez, África tem dirigentes – poucos infelizmente – que também sabem isso e não precisam de reanimar os três A’s, na sua concepção os dois A’s (Africa e América Latina), para que possamos fazer frente às arbitrariedades que provêm – e muitas vezes provêm –, de alguns senhores dos EUA como contrapartida aos financiamentos e donativos daí provenientes.
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