01 julho 2006

O Governo português lê o Pululu?!

(imagem surripiada algures não me lembro aonde com o pedido de desculpas ao(s) autor(es))

Pelo menos a fazer fé no que se passou após a denúncia aqui feita sobre a inépcia governamental portuguesa, ou de quem trabalha nos portais informáticos portugueses, ao ponto de alguns anos passados ainda estar em exibição uma foto onde surgem presidentes e primeiros-ministros já “despedidos”, um dos quais há mais de 5 anos e ao ponto do seu sucessor ser recandidato a novo mandato, é, no mínimo, não só caricato como sintomático da má gestão da coisa pública por parte de quem deveria se preocupar com os fundos públicos tão “gentilmente” retirados aos contribuintes.
Mas a culpa não é, unicamente, do Governo português.
É-o de todos os membros da CPLP – um tal comunidade de países lusófonos, cujo o portal ou está em manutenção ou regista ainda mimos como “o presidente da Guiné-Bissau ser Kumba Yalá” – em Março de 2006 –, ou que a maioria dos assuntos até há pouco ainda visíveis se reportavam a 2005 como relembra, e muito bem, Orlando Castro na sua rubrica Alto Hama, num artigo sob o título, que muito me apraz e lisonjeia, “Pululu: Um, Governo: Zero”.
Pois, se o Governo português me dá o prazer de ler este meu blogue então, por favor e em nome dos avanços tecnológicos e da língua portuguesa – mais defendida no Brasil que em Portugal –, procure, e de uma vez por todas, defender a CPLP ou acabe com ela e com o inepto Instituto Camões – a maior parte dos países afro-lusófonos já há muito desacreditou nestes dois organismo, principalmente quando o último se aboletou a parte do prémio não reclamado por Luandino Vieira em vez de o oferecer a Instituições Humanitárias angolanas em nome do laureado – e crie, ou ajude a criar, um Organismo credível que defenda os verdadeiros interesses da Lusofonia, ou Lusofonidade, ou seja, a defesa efectiva da língua portuguesa e dos interesses dos países lusófonos no Sistema Internacional.
Como diziam os antigos, à mulher de César não basta parecer séria, tem de o ser; pois ao Governo português não basta alardear avanços tecnológicos quando se verifica que esses avanços se ficam pelas meias-tintas.
Os contribuintes começam a estar fartos de propaganda barata, nomeadamente quando nos dizem que temos Net a grande velocidade – e depois testamos em sistemas facultados por serviços da própria Telepac/PT e vemos que a velocidade não chega, por vezes, a 1 Mgbite e deveria ser qualquer coisa como 8 Mgb ou que os acessos são impossíveis por falta de cobertura de sinal – ou que a mesma é das mais baratas no mercado europeu e constatamos o contrário como pode verificar fazendo uma pesquisa nos diferentes portais de busca sobre a “comparação de preços da Internet na Europa”; a não ser que o Governo se referia aos preços de “revenda” em vez dos preços ao “consumidor”. Aí, as minhas desculpas pelo lapso.
Não basta parecer ser sério…

1 comentário:

Anónimo disse...

O Governo de Lisboa lê mesmo o Pululu. E, depois deste seu comentário, só me resta dizer, ao contrário do que escrevi no Alto Hama: Pululu: dois, Governo: Zero. Esperemos que daqui a duas horas também possamos dizer: Portugal: dois, Inglaterra: Zero.

Kandando,

Orlando Castro