(uma montagem sob desenho do “Soba de Malange”, de Neves e Sousa, com um cartune de Cesarina)
Segundo os resultados oficiais já divulgados AJJ voltou a vencer a corrida para o sobado da Madeira com maioria absoluta, reforçando mesmo, em percentagem, essa maioria.
Todavia, é de notar que fica com menos bocas afiliadas para alimentar (passou de 44 para 33) pelo facto do Conselho de Anciãos do sobado passar a ter menos membros.
Por esse facto, também o candidato a soba do PS, felizmente para ele, ficou com menos afilhados a alimentar (passou de 19 para 7); por sua vez a CDU e o CDS mantiveram os mesmos anciãos no Conselho 82 cada) enquanto o BE, o MPT e o PND elegeram 1 membro cada, sendo estes dois últimos ainda jovens anciãos.
Mas como em todas as eleições ditas democráticas, de raiz heleno-europeia, também aqui houve já quem reclamasse do poder absoluta que o soba reeeleito teve durante a campanha para o sobado.
Ele abriu caminhos na florestas, ele arranjou comida para o povo, ele dançou inúmeras rebitas e merengues ao som de sembas e kazukutas – aquilo se não houve, pelo meio, viagra houve de certeza pauzinho e do bom –, ele falou para o coração dos súbditos como só ele sabe, etc.
E por isso houve já quem fizesse queixinhas sobre as atitudes do soba reeleito e dos seus afilhados.
E o interessante é que já há resultados finais e, paradoxalmente, onde ocorrem eleições em regiões em vias de desenvolvimento, ainda não ouvimos os naturais e habituais observadores internacionais da CPLP, de Portugal – estes só vão quando lhes convêm –, da União Africana ou da União Europeia – para uns, se cair alguns fundozinhos, são europeus, para outros, segundo a latitude terrestre, são africanos; vá lá alguém entender este sobado – e da ONU dizerem nada…
Estranho, não é!?
Inicialmente publicado na coluna do , de 7-Mai-2007
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