(imagem retirada daqui)
Numa altura que em certos países a Diáspora verbera algumas atitudes do governo angolano, eis que as Nações Unidas mostram que nas relações diplomáticas nem sempre o que parece é, mas deve ser.
Há um ano era criado o Conselho de Direitos Humanos (CDH) e logo na abertura eram eleitos países para quem as palavras Liberdade e, ou Respeitabilidade Humana só apareciam nos dicionários ou nos léxicos do areópago que é a ONU.
Ainda assim e durante um ano pouco ou nada – seria bom sinal se não houvesse casos como Darfur, Somália, etc. – deste “gabinete”.
Um ano volvido volta a estar nas bocas do Mundo pela eleição, para o triénio 2007-2010, de Angola, Egipto e Madagáscar, no grupo africano que se juntam à África do Sul; Índia, Indonésia, Filipinas e Qatar, pela Ásia; Eslovénia e Bósnia, pelo grupo do Leste Europeu, substituindo a Polónia e a Rep. Checa; a Bolívia e Nicarágua, na América Latina e Caraíbas substituem Argentina e Equador.
Ou seja, para alguns analistas foram eleitos países para quem as Liberdades individuais são muitas vezes, com razão ou sem ela a História sancionará, questionadas.
Veremos se a sua entrada no CDH não irá permitir-lhes ver os Direitos Humanos de outra forma e entrem como “raposas” e saiam como Países e Pessoas respeitadoras.
Disso o Procurador-geral de Angola parece estar esperançado tal como esta(ão)vam duas das organizações angolanas de Direitos Humanos, críticas do poder, a Associação Mãos Livres (AML) e Associação Justiça, Paz e Democracia (AJPD.
É uma esperança legítima a que me associo.
2 comentários:
Meu caro Eugénio,
Creio que ambos desejamos que todos os países do mundo respeitem os Direitos Humanos. E se isso acontecer com os países que nos são mais queridos, então ainda melhor.
Mas regra geral os regimes autocráticos tendem a interpretar estes eventos como o corolário de um esforço e não como um encorajamento.
Imagina se os dirigente angolanos ou egípcios entenderem isto como um fechar de olhos aos problemas de DH que existem nos seus países...
Que se desenganem os dirigentes angolanos e egípcios que tenham a veleidade de pensar que se foram eleitos para o CDH então é porque não há problemas de Direitos Humanos em Angola ou no Egipto.
Reconheço que a tua perspectiva é mais positiva; a esperança é a última coisa a morrer. Também eu gostava, sinceramente, que a "raposa" se transformasse em galinha; mas receio que no final da história a raposa esteja mais gordinha e existam menos galinhas no galinheiro.
Só por curiosidade: houve 19 NGO's egípcias ligadas aos Direitos Humanos que apelaram à ONU que não elegesse o Egipto para o CDH.
Um abraço.
Só mais uma coisa:
Levantei a questão sobre expectativas positivas e negativas em relação a este evento, neste blog de um egípcio.
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