Amanhã, em New Hampshire, haverá o segundo grande teste nas primárias para a presidência norte-americana quer para os democratas quer para os republicanos – estes já tiveram um caucus intercalar em Wyoming onde, desta feita, o vencedor foi Mitt Romney que garantiu 8 dos 12 delegados.
Mas a grande questão continua a ser a hipótese dos democratas escolherem para candidato uma mulher (Hillary Clinton) ou um afro-americano (Barack Obama) embora não se deva esquecer John Edwards.
As previsões, tal como em Iowa, dão Hillary como possível vencedora. Mas, tal como em Iowa, Obama poderá surpreender e sair vencedor (segundo a AFP, e tendo por base o eleitorado feminino, Obama deve ganhar em New Hampshire).
E se isso acontecer será que acreditam que os norte-americanos vão eleger um candidato que, além de ser “afro-americano” (o politicamente correcto para indivíduo não branco, ou caucasiano, nem hispânico, ou latino-americano) é ou parece indiciar ter um apoio que uma larga, larguíssima, franja de apoiantes norte-americanos nunca aceitará ver na 1600 Pennsylvania Avenue?
Ou seja, e tomando como válida a acusação de certos sectores políticos, eventualmente mais moderados, norte-americanos, a maioria dos presidentes que ocuparam aquele reconhecido número de uma conhecida vivenda “Casa Branca” seriam apoiados pelos dólares de uma importante comunidade cuja sede nacional está, e muito bem para raiva de alguns outros povos, numa parte da Palestina.
Isso mesmo, pelos judeus e pelo seu capital.
Por isso pergunto se será possível que um senhor que viveu uma significativa parte da sua vida na maior e mais populosa república islâmica, a Indonésia, e tem como sobrenome Hussein, poderá, alguma vez ocupar a Casa Branca?
Exacto! O pré-candidato Obama, filho de um queniano e de uma norte-americana, chama-se, de seu nome oficial completo, Barack Hussein Obama e nasceu em Honolulu, Hawaii, tendo, parece, sido educado por um padrasto indonésio, que o levou muito novo - entre os 6 e os 10 anos - para a Indonésia.
Por isso, a minha dúvida não só quanto à sua eleição como a quase certeza de um eventual desconhecimento de parte do eleitorado norte-americano sobre as suas raízes onomásticas, tão discreta quanto subtilmente ocultas na sua página de candidatura.
Porque, se assim não for, e os norte-americanos realmente o conhecerem, então acredito que o Mundo vai dar uma grande volta…
Publicado n', ed. nº 129, de 9-Jan-2008, na rubrica "O Mundo dos Outros", sob o título "Clinton e Obama Tiram teimas em New Hampshire"
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