"Descreve-se, normalmente, como potência regional um país com poder e influência que lhe permita, que tenha, um determinado controlo estratégico sobre sua região geográfica. Algumas potências caracterizam-se por ter poder económico, ou poder político, ou diplomático, ou poder militar e, ou, finalmente, pela junção de duas ou mais destas características projectáveis.
Todavia, há ainda quem confunda potência regional com potências intermédias. Para os segundos a sua projecção limita-se à exclusiva área geográfica que lhe é confinante. Para os multirregionalistas, as potências regionais, como afirmava Huntington, podem ser grandes potências em escala global, simultaneamente com algumas suas filiações no contexto regional.
Mas para ser uma potência regional a um Estado não basta ter algumas ou todas as características apontadas no início se não tiver, igualmente, uma extensão territorial justificável, dimensão populacional, os recursos naturais disponíveis – estes três itens nem sempre são condição sine qua non conforme podemos verificar na Crise dos Grandes Lagos –, o nível de desenvolvimento humano e social, a diversificação do parque industrial, o produto interno bruto e uma interessante e diversificada máquina de guerra.
Se estes são factores para que um Estado, e desde que esteja realmente implantado e firmado como Estado, possa vir ser considerado uma potência intermédia ou regional, creio que Angola surge aos olhos da comunidade africana e internacional como uma das mais emergentes potências regionais africanas reflectindo para o exterior uma projecção político-diplomática, nuns casos, e militar, em outros, não menos evidentes.
A prova disso vamos encontrar tanto na região Centro-africana onde melhor reflecte, estrategicamente, uma projecção epiro-regional, a zona do Golfo da Guiné e da Comunidade dos Estados de África Central CEAC), como, de forma não menos inteligente, na região Afro-austral, ou seja na SADC.
Na zona Golfo-CEAC a capacidade projectora de Angola faz-se sentir quer a nível económico, quer a nível político-diplomático quer, principalmente, a nível militar, com especial predominância, para as forças terrestres. Já a nível da SADC a força de Angola assenta, essencialmente, na sua capacidade diplomática e política de intervir em questões político-sociais da região. (...)" (pode continuar a ler aqui ou aqui)
Publicado no semanário santomense , edição de 20 de Dezembro de 2008
Todavia, há ainda quem confunda potência regional com potências intermédias. Para os segundos a sua projecção limita-se à exclusiva área geográfica que lhe é confinante. Para os multirregionalistas, as potências regionais, como afirmava Huntington, podem ser grandes potências em escala global, simultaneamente com algumas suas filiações no contexto regional.
Mas para ser uma potência regional a um Estado não basta ter algumas ou todas as características apontadas no início se não tiver, igualmente, uma extensão territorial justificável, dimensão populacional, os recursos naturais disponíveis – estes três itens nem sempre são condição sine qua non conforme podemos verificar na Crise dos Grandes Lagos –, o nível de desenvolvimento humano e social, a diversificação do parque industrial, o produto interno bruto e uma interessante e diversificada máquina de guerra.
Se estes são factores para que um Estado, e desde que esteja realmente implantado e firmado como Estado, possa vir ser considerado uma potência intermédia ou regional, creio que Angola surge aos olhos da comunidade africana e internacional como uma das mais emergentes potências regionais africanas reflectindo para o exterior uma projecção político-diplomática, nuns casos, e militar, em outros, não menos evidentes.
A prova disso vamos encontrar tanto na região Centro-africana onde melhor reflecte, estrategicamente, uma projecção epiro-regional, a zona do Golfo da Guiné e da Comunidade dos Estados de África Central CEAC), como, de forma não menos inteligente, na região Afro-austral, ou seja na SADC.
Na zona Golfo-CEAC a capacidade projectora de Angola faz-se sentir quer a nível económico, quer a nível político-diplomático quer, principalmente, a nível militar, com especial predominância, para as forças terrestres. Já a nível da SADC a força de Angola assenta, essencialmente, na sua capacidade diplomática e política de intervir em questões político-sociais da região. (...)" (pode continuar a ler aqui ou aqui)
1 comentário:
Muleke Rio de Janeiro
Que tal fazerem as contas ao petroleo a USD40/bl? A Europa vai ter por lei 30% da energia renovavel, há descobertas de gigantescas de novas reservas de petroleo light no mundo. O Brasil bate recordes de produção de alcool. Depois os EUA (o novo governo) vão finalmente explorar areas do Alaska riquissimas em petroleo e onde não era permitido explorar. Além disso a grande aposta nos EUA (para criar empregos) será nos carros eletricos e nos fuelcel de hidrogénio limpo. Por isso quem quer o petroleo que suja a atmosfera ? Só se for os Chineses,mas para não ficarem para trás têm que apostar em novas tecnologias limpas, a não ser que queiram continuar a vender o que já não é moderno e aceitável socialmente.
In Angonotícias
O petróleo acabou-se e Angola será por vontade própria, potência regional da caridade.
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