Todavia, há ainda quem confunda potência regional com potências intermédias. Para os segundos a sua projecção limita-se à exclusiva área geográfica que lhe é confinante. Para os multirregionalistas, as potências regionais, como afirmava Huntington, podem ser grandes potências em escala global, simultaneamente com algumas suas filiações no contexto regional.
Mas para ser uma potência regional a um Estado não basta ter algumas ou todas as características apontadas no início se não tiver, igualmente, uma extensão territorial justificável, dimensão populacional, os recursos naturais disponíveis – estes três itens nem sempre são condição sine qua non conforme podemos verificar na Crise dos Grandes Lagos –, o nível de desenvolvimento humano e social, a diversificação do parque industrial, o produto interno bruto e uma interessante e diversificada máquina de guerra.
Se estes são factores para que um Estado, e desde que esteja realmente implantado e firmado como Estado, possa vir ser considerado uma potência intermédia ou regional, creio que Angola surge aos olhos da comunidade africana e internacional como uma das mais emergentes potências regionais africanas reflectindo para o exterior uma projecção político-diplomática, nuns casos, e militar, em outros, não menos evidentes.
A prova disso vamos encontrar tanto na região Centro-africana onde melhor reflecte, estrategicamente, uma projecção epiro-regional, a zona do Golfo da Guiné e da Comunidade dos Estados de África Central CEAC), como, de forma não menos inteligente, na região Afro-austral, ou seja na SADC.
Na zona Golfo-CEAC a capacidade projectora de Angola faz-se sentir quer a nível económico, quer a nível político-diplomático quer, principalmente, a nível militar, com especial predominância, para as forças terrestres. Já a nível da SADC a força de Angola assenta, essencialmente, na sua capacidade diplomática e política de intervir em questões político-sociais da região. (...)" (pode continuar a ler aqui ou aqui)
1 comentário:
Muleke Rio de Janeiro
Que tal fazerem as contas ao petroleo a USD40/bl? A Europa vai ter por lei 30% da energia renovavel, há descobertas de gigantescas de novas reservas de petroleo light no mundo. O Brasil bate recordes de produção de alcool. Depois os EUA (o novo governo) vão finalmente explorar areas do Alaska riquissimas em petroleo e onde não era permitido explorar. Além disso a grande aposta nos EUA (para criar empregos) será nos carros eletricos e nos fuelcel de hidrogénio limpo. Por isso quem quer o petroleo que suja a atmosfera ? Só se for os Chineses,mas para não ficarem para trás têm que apostar em novas tecnologias limpas, a não ser que queiram continuar a vender o que já não é moderno e aceitável socialmente.
In Angonotícias
O petróleo acabou-se e Angola será por vontade própria, potência regional da caridade.
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