O Presidente Eduardo dos santos proferiu a sua habitual – habitual em todos os Chefes de Estado por esta altura – comunicação de fim de ano (deveria ser ouvida aqui ou aqui mas que não está disponibilizada, estranhamente, mas pode ser lida, integralmente, aqui).
Recordou aquilo que já todos tinham alertado quer na assembleia nacional, quer na vox populi, ou seja, que o OGE estava sobrevalorizado e que os preços de referência tanto do petróleo como de outros produtos-base deveriam ser melhor analisados, mas que o Governo ponderou não tomar em consideração, pelo que terá de haver reajustamentos tanto no Orçamento como no Plano. É o que dá a teimosia e a mania das maiorias absolutas (diga-se que neste aspecto, Angola tem um bom professor no extremo ocidental da Europa).
Que espera do Governo angolano um cumprimentos das metas sociais e que passam pelo aumento do emprego, crescimento da produção nacional, incentivos ao investimento, nomeadamente privado, e um completo equilíbrio entre a economia e a ecologia (talvez por isso Baía Farta já está cada vez mais separada de Angola, os rios começam a estar “menos rios”, as cheias e as derrocadas mais intensas, etc.
Voltou a relembrar algo que já tinha proferido na sua última alocução durante a campanha eleitoral mas que alguns parecem ter, ou não ouvido ou julgado que era faladura para campanha, ou seja, voltou a recordar aos angolanos – e a uma certa estrutura angolana – que se devem mudar as mentalidades. Talvez agora que ainda não estão ébrios do fim do ano nem já estão inconscientes da entusiasmada campanha eleitoral pode ser que ouçam o Presidente.
E por falar em campanha eleitoral o Presidente elogiou, mais não deveria fazer, a participação cívica e massiva dos angolanos nas legislativas. Tão massiva que no Kwanza-Norte atingiu os 100% e em outros bem acima dos 95% (os observadores eurocratas conseguiram descortinar uma participação de 108%; não sei em que província mas como na Lunda-Sul a CNE omitiu a percentagem de votação…).
Recordou alguns dos anátemas da moderna sociedade como o combate ao consumo desregrado de álcool, de drogas e a todas as práticas anti-sociais como a violência doméstica, nomeadamente as agressões às mulheres e contra as crianças, e defendeu o fortalecimento do papel dos pais e professores, como agentes fundamentais da educação e formação da juventude,
Falou, também, na alteração da Constituição angolana e da via que permitirá as presidenciais. Mas se não se esqueceu de recordar que as liberdade individual e colectiva e a igualdade de todos perante a Lei são direitos invioláveis que nos permitem agir e contribuir para o bem comum já se esqueceu de um pequeno, pequeníssimo, mas importante pormenor: não indicou se iria haver ou não eleições presidenciais em 2009. Talvez um pequeno lapso derivado ao tempo; porque o tempo em rádio e televisão são muito caros…
Mas se o Presidente Eduardo dos Santos prevê que Angola vai continuar na senda dos triunfos que a reconstrução nacional tem proporcionado, já o presidente da UNITA, Isaías Samakuva, qual desmancha-prazeres, afirma, e provavelmente com a sensatez da razão, que 2009 vai ser terrível para o povo angolano já que vai sofrer os impactos da crise económica e financeira mundial agravados, segundo Samakuva, pelo aumento da despesa pública – natural quando se quer construir estádios grandiosos para o CAN ou recuperar as vias rodo e ferroviárias que ainda se encontram em mau estado além de alguns aeroportos – e, last but not least, o aumento da corrupção (ainda há países onde isso, pelo menos, é reconhecido como existindo ao contrário de outros que é tão evidente e ninguém sabe o que isso é; só conhecem uma tal… cunha).
Recordou aquilo que já todos tinham alertado quer na assembleia nacional, quer na vox populi, ou seja, que o OGE estava sobrevalorizado e que os preços de referência tanto do petróleo como de outros produtos-base deveriam ser melhor analisados, mas que o Governo ponderou não tomar em consideração, pelo que terá de haver reajustamentos tanto no Orçamento como no Plano. É o que dá a teimosia e a mania das maiorias absolutas (diga-se que neste aspecto, Angola tem um bom professor no extremo ocidental da Europa).
Que espera do Governo angolano um cumprimentos das metas sociais e que passam pelo aumento do emprego, crescimento da produção nacional, incentivos ao investimento, nomeadamente privado, e um completo equilíbrio entre a economia e a ecologia (talvez por isso Baía Farta já está cada vez mais separada de Angola, os rios começam a estar “menos rios”, as cheias e as derrocadas mais intensas, etc.
Voltou a relembrar algo que já tinha proferido na sua última alocução durante a campanha eleitoral mas que alguns parecem ter, ou não ouvido ou julgado que era faladura para campanha, ou seja, voltou a recordar aos angolanos – e a uma certa estrutura angolana – que se devem mudar as mentalidades. Talvez agora que ainda não estão ébrios do fim do ano nem já estão inconscientes da entusiasmada campanha eleitoral pode ser que ouçam o Presidente.
E por falar em campanha eleitoral o Presidente elogiou, mais não deveria fazer, a participação cívica e massiva dos angolanos nas legislativas. Tão massiva que no Kwanza-Norte atingiu os 100% e em outros bem acima dos 95% (os observadores eurocratas conseguiram descortinar uma participação de 108%; não sei em que província mas como na Lunda-Sul a CNE omitiu a percentagem de votação…).
Recordou alguns dos anátemas da moderna sociedade como o combate ao consumo desregrado de álcool, de drogas e a todas as práticas anti-sociais como a violência doméstica, nomeadamente as agressões às mulheres e contra as crianças, e defendeu o fortalecimento do papel dos pais e professores, como agentes fundamentais da educação e formação da juventude,
Falou, também, na alteração da Constituição angolana e da via que permitirá as presidenciais. Mas se não se esqueceu de recordar que as liberdade individual e colectiva e a igualdade de todos perante a Lei são direitos invioláveis que nos permitem agir e contribuir para o bem comum já se esqueceu de um pequeno, pequeníssimo, mas importante pormenor: não indicou se iria haver ou não eleições presidenciais em 2009. Talvez um pequeno lapso derivado ao tempo; porque o tempo em rádio e televisão são muito caros…
Mas se o Presidente Eduardo dos Santos prevê que Angola vai continuar na senda dos triunfos que a reconstrução nacional tem proporcionado, já o presidente da UNITA, Isaías Samakuva, qual desmancha-prazeres, afirma, e provavelmente com a sensatez da razão, que 2009 vai ser terrível para o povo angolano já que vai sofrer os impactos da crise económica e financeira mundial agravados, segundo Samakuva, pelo aumento da despesa pública – natural quando se quer construir estádios grandiosos para o CAN ou recuperar as vias rodo e ferroviárias que ainda se encontram em mau estado além de alguns aeroportos – e, last but not least, o aumento da corrupção (ainda há países onde isso, pelo menos, é reconhecido como existindo ao contrário de outros que é tão evidente e ninguém sabe o que isso é; só conhecem uma tal… cunha).
2 comentários:
Esse é o nosso presidente. Diz o óbvio. Alguém ainda dira´que disse muita coisa e publicará no Jornal de Angola
Uma obra-prima do marxismo-leninismo. Discurso ultra marxista-leninista, no melhor estilo de Fidel Castro. Infelizmente não somos cubanos. O melhor que ouvi até hoje. Mas que inspiração!
Sem dúvida! Há homens que nascem superdotados. O nosso presidente da República merece o título honoris causa de: «o nosso Obama angolano».
Ah! Angola que arrastas o que resta da África Negra para a destruição total.
Luanda afundou-se, atingiu o mais profundo, e de lá não quer sair.
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