(Lobito, uma cidade com problemas? qual é que não as tem? mas...*)
Duas pequenas reflexões sobre a minha Cidade, uma delas, é cultural e a segunda, de ordem social, parece-me que pouco agradável a confirmar-se as acusações feitas a um euro-deputado.
1. No próximo dia 30 de Abril, pelas 18,30 horas, na Casa de Angola, em Lisboa, a editora Guerra e Paz vai levar a efeito o lançamento oficial do livro “Lobito”, de António Mateus e que terá a apresentação de Luís Magalhães.
O autor, embora nascido em Tortosendo, na província portuguesa da Beira Baixa, foi com 5 anos viver para o Lobito onde permaneceu até 1975 quando zarpou para o Brasil onde trabalhou numa multinacional.
Este primeiro romance de António Mateus, o “Lobito”, é, segundo a editora, um hino a uma das cidades mais bonitas de Angola e às suas gentes, contado por quem nela viveu e a amou.
Vou ansiar por quinta-feira para degustar uma obra sobre a minha Cidade que, infelizmente e como por vezes acontece em todas as que pecam pelo excesso desenvolvimento desenfreado e pouco ordenado, parece que nem tudo corre sobre rodas.
Há dia, num excelente programa da TPA (transmitido às sextas-feiras na TPA internacional),”Janela Aberta”, sobre os belos Parques Nacionais angolanos, um dos apresentadores lamentava-se pela cidade ter perdido um dos seus ex-líbris, os flamingos. Segundo ele, e confirmado pela outra apresentadora que diz nunca ter tido a oportunidade de os ver nos mangais do Lobito, por causa da poluição e do barulho os flamingos deixaram de ter a Cidade por abrigo e emigraram para outras paragens, a maioria mais para sul. Talvez, quem sabe, alguém consiga falar com eles e dizer-lhes que a Casa deles estará, um dia e em breve, espero, pronta e restaurada para os receber de volta. Um sonho…
2. Mas que a fazer fé num e-mail que a Comissão instaladora da nova FpD e o projecto Associação OMUNGA (Quintas de Debate) divulgou algo não vai bem entre os antigos “meninos da rua” do Lobito.
Segundo uma carta que estes fizeram chegar a um representante da União Europeia de visita à Cidade, as promessas, eventualmente feitas pelo Administrador do Lobito, o senhor Amaro Ricardo Segunda, quando os retirou de uma certa zona e os assentou no B.º da Lixeira, no centro 16 de Junho, há cerca de um ano, continuam por ser cumpridas.
Entre as referidas promessas contavam-se: Construção de casas para todos dentro de seis meses; Arranjar emprego para todos nas seguintes empresas (CFB, Refinaria, Odebrestch e Secil Lobito); Dinheiro para as mulheres fazerem negócios; Dar formação profissional a todos; Dar máquina de fabricar blocos; Dar sempre comida e água; Meter todos a estudar nas escolas públicas; e Registar todos.
Parece que passado um ano os “meninos da rua” continuam a viver no referido Bairro em 15 tendas – inicialmente eram 200 jovens e 19 tendas – e promessas nem vê-las.
Mais grave a acusação de que fizeram uma formação, em Agosto passado, e aguardam que os respectivos certificados entregues ao Dr. Carlos Pacatolo sejam devidamente devolvidos não havendo novas nem de Pacatolo nem do Administrador.
Realmente estranho esta eventual atitude de Pacatolo. Se for quem eu penso que é e conheço não é normal nele refugiar-se em escusas e omissões. Todavia também reconheço que aguardo por uma resposta a um e-mail que lhe enviei há tempos e não recebi a dita nem, tão-pouco, embora saiba porque já o disse a razão, o seu blogue seja actualizado.
Quero crer que Pacatolo estará fora da Cidade em serviço da entidade onde estagiou quando do fim do seu Curso.
Ora, lá porque uma pessoa não esteja, não é razões para que tudo pare. Por isso é altura da Administração Municipal do Lobito se recordar que, apear das eleições já terem ocorrido, as populações e, principalmente, os futuros gestores da Cidade e criadores e fomentadores do desenvolvimento da região são, precisamente, os jovens, aqueles, que segundo eles, andam um pouco esquecidos pelas autoridades municipais.
O Lobito precisa de notícias como aquelas que indicam desenvolvimento sustentado e não as deste jaez.
Tenho a certeza que, e não será porque o assunto chegou às mãos da União Europeia, ou, muito menos passe a imodéstia, por estar aqui reflectido no Pululu, tenho a certeza, dizia, que este assunto irá ser rapidamente resolvido e quem sabe, alguém consiga, também, arranjar um “apito” e chamar, de volta, os nossos flamingos!
1. No próximo dia 30 de Abril, pelas 18,30 horas, na Casa de Angola, em Lisboa, a editora Guerra e Paz vai levar a efeito o lançamento oficial do livro “Lobito”, de António Mateus e que terá a apresentação de Luís Magalhães.
O autor, embora nascido em Tortosendo, na província portuguesa da Beira Baixa, foi com 5 anos viver para o Lobito onde permaneceu até 1975 quando zarpou para o Brasil onde trabalhou numa multinacional.
Este primeiro romance de António Mateus, o “Lobito”, é, segundo a editora, um hino a uma das cidades mais bonitas de Angola e às suas gentes, contado por quem nela viveu e a amou.
Vou ansiar por quinta-feira para degustar uma obra sobre a minha Cidade que, infelizmente e como por vezes acontece em todas as que pecam pelo excesso desenvolvimento desenfreado e pouco ordenado, parece que nem tudo corre sobre rodas.
Há dia, num excelente programa da TPA (transmitido às sextas-feiras na TPA internacional),”Janela Aberta”, sobre os belos Parques Nacionais angolanos, um dos apresentadores lamentava-se pela cidade ter perdido um dos seus ex-líbris, os flamingos. Segundo ele, e confirmado pela outra apresentadora que diz nunca ter tido a oportunidade de os ver nos mangais do Lobito, por causa da poluição e do barulho os flamingos deixaram de ter a Cidade por abrigo e emigraram para outras paragens, a maioria mais para sul. Talvez, quem sabe, alguém consiga falar com eles e dizer-lhes que a Casa deles estará, um dia e em breve, espero, pronta e restaurada para os receber de volta. Um sonho…
2. Mas que a fazer fé num e-mail que a Comissão instaladora da nova FpD e o projecto Associação OMUNGA (Quintas de Debate) divulgou algo não vai bem entre os antigos “meninos da rua” do Lobito.
Segundo uma carta que estes fizeram chegar a um representante da União Europeia de visita à Cidade, as promessas, eventualmente feitas pelo Administrador do Lobito, o senhor Amaro Ricardo Segunda, quando os retirou de uma certa zona e os assentou no B.º da Lixeira, no centro 16 de Junho, há cerca de um ano, continuam por ser cumpridas.
Entre as referidas promessas contavam-se: Construção de casas para todos dentro de seis meses; Arranjar emprego para todos nas seguintes empresas (CFB, Refinaria, Odebrestch e Secil Lobito); Dinheiro para as mulheres fazerem negócios; Dar formação profissional a todos; Dar máquina de fabricar blocos; Dar sempre comida e água; Meter todos a estudar nas escolas públicas; e Registar todos.
Parece que passado um ano os “meninos da rua” continuam a viver no referido Bairro em 15 tendas – inicialmente eram 200 jovens e 19 tendas – e promessas nem vê-las.
Mais grave a acusação de que fizeram uma formação, em Agosto passado, e aguardam que os respectivos certificados entregues ao Dr. Carlos Pacatolo sejam devidamente devolvidos não havendo novas nem de Pacatolo nem do Administrador.
Realmente estranho esta eventual atitude de Pacatolo. Se for quem eu penso que é e conheço não é normal nele refugiar-se em escusas e omissões. Todavia também reconheço que aguardo por uma resposta a um e-mail que lhe enviei há tempos e não recebi a dita nem, tão-pouco, embora saiba porque já o disse a razão, o seu blogue seja actualizado.
Quero crer que Pacatolo estará fora da Cidade em serviço da entidade onde estagiou quando do fim do seu Curso.
Ora, lá porque uma pessoa não esteja, não é razões para que tudo pare. Por isso é altura da Administração Municipal do Lobito se recordar que, apear das eleições já terem ocorrido, as populações e, principalmente, os futuros gestores da Cidade e criadores e fomentadores do desenvolvimento da região são, precisamente, os jovens, aqueles, que segundo eles, andam um pouco esquecidos pelas autoridades municipais.
O Lobito precisa de notícias como aquelas que indicam desenvolvimento sustentado e não as deste jaez.
Tenho a certeza que, e não será porque o assunto chegou às mãos da União Europeia, ou, muito menos passe a imodéstia, por estar aqui reflectido no Pululu, tenho a certeza, dizia, que este assunto irá ser rapidamente resolvido e quem sabe, alguém consiga, também, arranjar um “apito” e chamar, de volta, os nossos flamingos!
(*imagens do Lobito ximunadas na Internet ou recebidas via e-mail)
2 comentários:
Meu amigo.
Lendo sua apaixonada declaração de amor por Lobito, deu-me vontade conhecê-la. É importante relatos como este até para promover o turismo local. Belo artigo! Tenho, entretanto, uma curiosidade: como é o abastecimento de água potável em Lobito? Alcança todas as residências? É abundante os mananciais de água potável por lá? Será que o livro aborda tais questões?...
Continuo a segui-lo com curiosidade.
Abraços brasileiramente fraternos.
Rildo Ferreira
Este nosso Lobito, atualmente está longe de ser uma maravilha...
http://nunovrsantos.blogspot.com/2009/07/ao-longo-dos-ultimos-anos-tem-se.html
http://nunovrsantos.blogspot.com/2008/06/sero-os-nossos-mares-agitados-ou-os.html
http://nunovrsantos.blogspot.com/2008/08/que-grito-vou-dar.html
NS
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