São várias as vozes Bissau-guineenses, dentro e fora da Guiné-Bissau, que afirmam com clareza que quem manda no País são os militares.
Ou seja, o Governo e o poder civil são meras figuras de estilo para que a União Africana não condene o País pela existência, de facto, embora que não de jure, de um claro Golpe de Estado militar e também para que os diferentes parceiros internacionais não fechem, de vez, porque isso levaria a uma completa shatterização da Guiné-Bissau como desejam os seus simpáticos e prestáveis vizinhos, os cordões à bolsa.
E se dúvidas houvessem quanto a quem manda na Guiné-Bissau basta ver quem, de facto, decide como o País deve andar e como se procura abafar vozes incómodas.
Recorde-se as visitas inopinadas e sem qualquer discrição feitas a casa do jornalista António Aly Silva, embora felizmente para ele, parece, na sua ausência.
Ou as críticas claras e incisivas do antigo primeiro-ministro, “membro” da troïka política (Nino, Yalá – este está calado à espera de voltar ao poder – e Fadul) e actual presidente do tribunal de Contas e também do Partido para a Democracia Desenvolvimento e Cidadania (PADEC), Francisco Fadul, ao poder real e efectivo dos militares no País e a exigência da demissão do Governo.
E essas valeram-lhe a visita, esta noite, de dezena e meia de homens fardados e armados com AK47 que lhe “ofertaram”, e segundo parece à sua esposa também, um curioso espancamento além de lhe terem roubado bens e dinheiro…
Entretanto, o presidente em exercício da CPLP continua a sua velha e ancestral política de “façam que eu não me meto” também reconhecida pela política de neutralidade cooperante desde que esta sirva os seus interesses.
Apesar de Cabo Verde, um dos estados-membros da Lusofonia, pela boca do seu primeiro-ministro José Maria Neves ter anunciado que a CPLP e a CEDEAO estarão a preparar a constituição de um contingente militar para garantir a segurança na Guiné-Bissau o presidente em exercício, senhor Luís Amado, Ministro dos Negócios Estrangeiros que reside num palácio com um nome tão sugestivo – das Necessidades (na minha terra isso quer dizer uma coisa e pouco bem cheirosa) – português, terá defendido em Haia onde participa numa conferência numa conferência internacional sobre o Afeganistão, que, a ser criada, a missão de segurança deverá ser composta por tropas africanas no seio da União Africana (UA) e depois da Guiné-Bissau, leia-se, dos mandantes, ter pedido essa missão às Nações Unidas e à UA.
Ou seja, desfaça-se e desintegre-se Guiné-Bissau que a CPLP, pela boca de Portugal, parece que já estará farta de vocês, ao contrário dos verdadeiros irmãos e… de outros.
Entretanto a paz social, militar e política dos Bissau-guineenses vais se mantendo inalterável nas mãos de quem realmente manda mas que parece não ter coragem de o assumir! Nem eles nem quem deveria ser os primeiros a dizer basta, os políticos denunciando o embuste actual!
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