(com a devida vénia ao blogue ©Pitecos de onde foi surripiado)
Depois de ver os autarcas do Oeste entrarem, para a reunião com o Ministro Mário, Lino, quase em pranto madalénico e saírem com o sorriso bem estampado na cara e pouco faltou afirmarem que Ota está segura; bastou olhar para as suas carinhas todos juntos na foto para a TV…
Depois de ver uns dizerem que o dossiê Alcochete foi concertado – ou, mais correctamente, avançou – depois do acordo e apoio de Sócrates…
Depois de ouvir o Ministro, tipo “último a saber”, afirmar que não houve conversas nenhumas com o Governo…
Depois de ouvir o representante do Porto dizer que esteve mas saiu, até porque, e naturalmente, a Invicta não quererá perder o seu aeroporto o que poderia acontecer com o TGV, o que seria o mais natural…
Depois de ouvir o candidato António Costa, ex-membro do Governo e candidato pelo partido que suporta o Governo afirmar que Portela já era, este estudo cai como mel…
Depois de ouvir o Conselheiro de Estado – e dizem muito próximo de Cavaco que parece ter “encomendado” o estudo do dossiê Alcochete – o senhor Professor Marcelo Rebelo de Sousa quase afirmar que o LNEC irá ser obrigado a perder tempo a estudar Alcochete até porque um Ministro já terá afirmado que quem decidiria politicamente era o governo; ou seja, para Marcelo este estudo dá uma trégua de seis meses que o Governo passe o semestre sem o aborrecerem com “aeroportos” dado que vai haver eleições para Lisboa e a presidência europeia…
Apesar dos ambientistas não estarem certos que Alcochete seja vantajoso – penso que sempre seria melhor para o ambiente que andarem lá descarregar bombinhas e balinhas – consideram que Ota nem pensar…
Só posso “quase” afirmar que o dossiê Ota já era e que o Aeroporto Internacional de Lisboa, vulgo “Portela”, vai ser brilhantemente substituído pelo Aeroporto da …OTA!!!!
E compreende-se.
Para quê obrigar a União Europeia conceder mais verbas para um aeroporto que iria ficar numa região desértica do que para um aeroporto que iria ficar assente em estacas?
Para quê perder os estudos feitos com a ida de um TGV para o Porto e subsequentemente um ramal para a Ota, só porque esse mesmo TGV tem de ir para Madrid passando quase ao lado do novo estudo – que por acaso tem por destino, o lixo –, o dossiê Alcochete.
Que interessa que Augusto Mateus afirme que mesmo que o aeroporto não siga para a Ota o oeste não irá perder vantagens, dado que o plano estratégico previsto para a zona Oeste não será afectado?
E, depois, como é que se iria substituir o actual campo de tiro da Força Aérea e para onde ia se, mais ao sul, também um deserto, estão os celebérrimos linces ibéricos, por acaso quase extintos; e se é que ainda há algum em liberdade ou vivo.
É por estas e por outras que acredito na política portuguesa. É tão previsível e tão transparente que antes de serem já as coisas foram.
Dúvidas?
Remeto-vos para o primeiro parágrafo.
(Transcrito na íntegra no , como artigo de Opinião)
Depois de ver uns dizerem que o dossiê Alcochete foi concertado – ou, mais correctamente, avançou – depois do acordo e apoio de Sócrates…
Depois de ouvir o Ministro, tipo “último a saber”, afirmar que não houve conversas nenhumas com o Governo…
Depois de ouvir o representante do Porto dizer que esteve mas saiu, até porque, e naturalmente, a Invicta não quererá perder o seu aeroporto o que poderia acontecer com o TGV, o que seria o mais natural…
Depois de ouvir o candidato António Costa, ex-membro do Governo e candidato pelo partido que suporta o Governo afirmar que Portela já era, este estudo cai como mel…
Depois de ouvir o Conselheiro de Estado – e dizem muito próximo de Cavaco que parece ter “encomendado” o estudo do dossiê Alcochete – o senhor Professor Marcelo Rebelo de Sousa quase afirmar que o LNEC irá ser obrigado a perder tempo a estudar Alcochete até porque um Ministro já terá afirmado que quem decidiria politicamente era o governo; ou seja, para Marcelo este estudo dá uma trégua de seis meses que o Governo passe o semestre sem o aborrecerem com “aeroportos” dado que vai haver eleições para Lisboa e a presidência europeia…
Apesar dos ambientistas não estarem certos que Alcochete seja vantajoso – penso que sempre seria melhor para o ambiente que andarem lá descarregar bombinhas e balinhas – consideram que Ota nem pensar…
Só posso “quase” afirmar que o dossiê Ota já era e que o Aeroporto Internacional de Lisboa, vulgo “Portela”, vai ser brilhantemente substituído pelo Aeroporto da …OTA!!!!
E compreende-se.
Para quê obrigar a União Europeia conceder mais verbas para um aeroporto que iria ficar numa região desértica do que para um aeroporto que iria ficar assente em estacas?
Para quê perder os estudos feitos com a ida de um TGV para o Porto e subsequentemente um ramal para a Ota, só porque esse mesmo TGV tem de ir para Madrid passando quase ao lado do novo estudo – que por acaso tem por destino, o lixo –, o dossiê Alcochete.
Que interessa que Augusto Mateus afirme que mesmo que o aeroporto não siga para a Ota o oeste não irá perder vantagens, dado que o plano estratégico previsto para a zona Oeste não será afectado?
E, depois, como é que se iria substituir o actual campo de tiro da Força Aérea e para onde ia se, mais ao sul, também um deserto, estão os celebérrimos linces ibéricos, por acaso quase extintos; e se é que ainda há algum em liberdade ou vivo.
É por estas e por outras que acredito na política portuguesa. É tão previsível e tão transparente que antes de serem já as coisas foram.
Dúvidas?
Remeto-vos para o primeiro parágrafo.
(Transcrito na íntegra no , como artigo de Opinião)
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