(foto Angonotícias)
Gil Gonçalves, nas suas crónicas de Luanda, já vinha há um tempo alertando, em crónicas no diário moçambicano O Observador, para a situação precária como estava o edifício da Direcção Nacional de Investigação Criminal (DNIC) e como ninguém ligava ao assunto.
Como não há nada que mais aborreça do que se ter razão, o edifício ruiu esta madrugada com cerca de 115 pessoas que lá estavam detidas ou em trabalho, incluindo cerca de 10 mulheres e duas crianças com 3 dias e 2 anos.
E o mais grave é que o edifício começou a ruir à 1 da madrugada e ruiu completamente às 4,30 horas. Incúria completa quem estava à frente do DNIC e que devem ser devidamente responsabilizados, face às vítimas já conhecidas.
Quando se consta que Miala e os seus colegas poderão estar em vias de serem soltos, quando se sabe que uma das colegas de Miala se prepara para entrar em greve de fome, e quando o processo FASEDA está no bom caminho com a detenção de mais um elemento das chamadas Forças Armadas de Segurança Estratégica de Angola, a ruína do DNIC parece que foi um bem que aconteceu a Luanda.
Só esperemos que não hajam mais vítimas mortais que as 3 já confirmadas.
Só desejamos que as autoridades deixem de considerar antipatriotas ou contra-revolucionários todos os que alertam para casos como o que ocorreu hoje e deixem o Laboratório de Engenharia de Angola inspeccionar todos os edifícios públicos da capital, nomeadamente aqueles que têm sido alvo dos ataques furiosos da natureza.
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