O secretário para Informação do MPLA, Norberto "Kuata-Kanaua" dos Santos, em nome do partido, acusou a “Rádio Despertar” criada no âmbito dos acordos subsequentes a Luena e como sucessora da Rádio Vorgan, logo da e pró-UNITA, de se portar mais como uma rádio politizada, e fazendo política a favor da UNITA, do que como rádio comercial como está licenciada.
O senhor Norberto dos Santos, que considera a situação "grave", refere que a "Rádio Despertar" não pode continuar a fazer actividade política, sob pena de “nós respondermos pela mesma letra” o que não traria nada de bom nem interessará aos angolanos.
Concordo em absoluto.
Se a estação emissora – que por acaso e salvo erro só consegue emitir para Luanda e nem assim é facilmente audível em todo o espaço luandense – foi licenciada para ser, unicamente, uma emissora comercial não deve praticar política ou pelo menos, a fazê-lo não deverá ultrapassar os mínimos admissíveis e dentro de um critério editorial de informação.
Mas, porque será que tem de haver sempre um mas, o senhor Norberto dos Santos não deve também se esquecer da ANGOP, o órgão oficial de informação nacional, nem o Jornal de Angola, o principal e ainda única jornal diário angolano, de modo a que deixem de dar prevalência – diária quase exclusividade – às notícias do MPLA ou que a ele estão afectas.
Ou há moralidade…
E já agora, porque é que o Governo, cujo partido maioritário é o MPLA não providencia que se ouça no espectro internauta a RNA (o Canal A nem abre e a Rádio Luanda muito raramente se ouve ou mesmo, ultimamente, nem isso), a TPA (dois canais, um deles já “entregue” a um privado) que só se consegue ver com, quase sempre só dois dias depois – ainda ssim, valha-nos isso –, na rubrica Multimédia e nem todos os programas?
Antes ainda se podia ouvir a Rádio Ecclésia de Angola, agora já nem se consegue aceder às emissões online…
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