"Euskadi Ta Askatasuna ha decidido declarar un alto el fuego permanente a partir del 24 de marzo de 2006."
Em princípio a Espanha, em geral, e o povo basco (dos dois lados da fronteira porque muitos esquecem que o País Basco está dividido entre a Espanha, cerca de 2/3, e França), em particular, passarão a deixar de contar com o seu pior carrasco, enquanto fazedor de terror.
Com o pragmatismo que, nestes casos, se deve abraçar e não entrando na fácil euforia que alguns já se alardeiam, mas também não esquecendo que haverão alguns quantos milhares que, pelas mais diversas e justas razões, não olvidarão o terror e os danos colaterais que o mesmo implicou nem o sofrimento ou o medo do dia seguinte, é igualmente verdade que muitos sentir-se-ão aliviados pelo fim real do terror que o mesmo possa trazer.
Se, alguns como eu, crêem que, embora não esquecendo os crimes de sangue – alguns bem desnecessários – se deve, também, dar uma oportunidade à Paz, e aqui tomo a liberdade de citar O. Sanchez, no seu interessante “dias estranhos” referindo-se à frase, em itálico, que inicia este apontamento “… a frase que levábamos anos desexando escoitar foi pronunciada por fin hoxe. É a primeira dun comunicado inequivocamente esperanzador, escrito cunha prudencia inusual na banda terrorista, afastada esta vez dos rexistros histéricos doutras ocasións. Nunca está de máis a cautela, pero teño para min que o de hoxe xa non ten volta atrás [por outro lado O. Sanchez relembra, e muito bem, que] … o governo que español non é a mesma tropa de resentidos de hai uns anos, o mundo cambiou bastante neste tempo (e o 11-M aínda fica no recordo de todos), e se o chamado MLNV quere sobrevivir politicamente debe dar pasos decisivos pola paz canto antes [e por isso, e porque os espanhóis/castelhanos levam] tres anos sen mortos, sen secuestros, aínda que si con outros xeitos de extorsión, pero en calquera caso a sociedade vasca, que non atende ás mesmas razóns hoxe que hai vinte anos e que xa se acostumou a unha convivencia tranquila e pacífica, non consentiría un só morto máis. ETA non regresará ás armas porque hai camiños que non teñen volta atrás”; há aqueles que não duvidando da boa-fé dos etarras preferem esperar para ver como comentava Óscar H. que, embora brindando a atitude etarra, mas “… a celebración oficial fareina cando escoite as súas armas... facer crack”, que igualmente subscrevo.
Depois do IRA, é a ETA… e depois destes, pode ser que seja a Palestina a próxima a ser bafejada pela Paz. Demos um voto de confiança a esta.
Sem comentários:
Enviar um comentário