Por razões particulares e pelo facto de onde estava este suporte epistolográfico não ser possível de utilizar só agora posso referir a um acontecimento ocorrido há 40 anos e que, para o mal e para o bem – estejam as perspectivas viradas para onde estiverem –, muito moldou a política angolana dos últimos 30 anos.
A 13 de Março de 1966 alguns dirigentes do GRAE (Governo Revolucionário de Angola no Exílio) depois de abandonarem a FNLA, que dominava maioritariamente o GRAE, e após negociações para uma eventual integração no MPLA terem dado em nada, fundaram, em Muangai, algures no interior da província angolana do Moxico, a União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA).
Entre esses dirigentes estava aquele que iria ser o seu mais carismático líder, Jonas Malheiro Savimbi, ladeado por homens como N’Zau Puna ou Chiwale, entre outros, num grupo de onze fundadores.
Um movimento que abraçava tanto a corrente filosófica da "Negritude" como os princípios ideológicos e militares de Mao Tsé Tung.
Muita coisa, entretanto, aconteceu. E isso é para um artigo a publicar em breve.
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