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Esta declaração, surgiu na apresentação do segundo encontro ministerial do Fórum Macau, que irá decorrer, em Setembro, em Macau, e aconteceu na sequência do discurso ocorrido no 60º aniversário da fundação da ONU efectuado pelo presidente chinês, Hu Jintao e onde afirmou que iria promover a redução da dívida aos países menos desenvolvidos e com alto endividamento e atribuído uma dotação de cerca de 9 mil milhões de dólares através de empréstimos a baixo juros, bem assim uma redução aduaneira nas importações de alguns desses países.
Três países lusófonos vão obter ou já têm empréstimos chineses e um viu grande parte da sua dívida perdoada.
Angola já beneficia de um empréstimo a juros reduzidos – cerca de 2,3 mil milhões de USD – para reabilitação dos caminhos-de-ferro e edifícios administrativos entre outros. Só que esquecem de dizer que esse empréstimo tem por base o envio de vários milhões de barris de petróleo como medida cautelar e de pagamento.
Cabo Verde e Guiné-Bissau também. O país da Morabeza vai receber um empréstimo de cerca de 2,4 a 2,5 milhões de dólares e os guineenses vão receber 2,5 milhões de USD para – pasme-se, porque será? – reabilitar casernas e moradias de militares e uma estrutura hospitalar em Canchungo, na região norte.
Por sua vez, Moçambique já terá beneficiado de uma redução a sua dívida em 22 milhões USD, algo como cerca de 70% da dívida moçambicana à China.
Mas será que a estratégia da China é assim tão solidária?
Ou mais não é que a retoma da política dos anos 70/80 do século passado; ou seja, a liderança dos chamados Terceiro e Quarto Mundos - os países dos AAA - que andava adormecida desde a queda do Muro de Berlim e da afirmação do Ocidente, em geral, e dos EUA, e particular, nos novos sistemas políticos africanos?
Todos conhecemos a proverbial paciência chinesa e o efeito Mahjong. Os tibetanos que o digam.
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