O presidente Eduardo dos Santos deu posse hoje ao novo Executivo angolano, apesar de, oficialmente, só entrar em funções em de Outubro, e deixou aos Ministro do I Governo Constitucional da III República algumas palavras que, espera-se, não tenham sido só para figurar no éter.
Entre as vontades do senhor Presidente regista-se que o novo executivo terá de apresentar o Plano e o OGE até ao final deste mês; deve manter o crescimento do PIB nos dois dígitos – com o petróleo em queda e a produção com ligeira quebra por problemas em alguns poços e exigências da OPEP, talvez seja difícil, mas, Angola já está habituada a ver milagres… –; diminuir a inflação para 10% até ao final do ano – havia dúvidas que os angolanos acreditam em milagres? – e para baixo destes dois dígitos já no próximo ano; definiu como prioridade de primeira linha o combate à fome e à pobreza e a necessidade de se construir cerca de um milhão de casas nesta legislatura que iniciará, oficialmente, a 15 de Outubro as suas funções; manter o nível de "reconstrução, modernização e ampliação" das infra-estruturas de grande dimensão, nomeadamente os grandes empreendimentos no domínio da energia e água – os luandenses perguntam-se porque andam com falta de água e luz há umas semanas – o caminho-de-ferro de Benguela (CFB), o porto do Lobito, o Caminho de Ferro de Moçamedes e a sua extensão até Namíbia, o porto do Namibe, o novo aeroporto internacional de Luanda – uma obra parada há vários anos sem que alguém diga e esclareça porquê e porque é que os chineses aparecem sempre com novas ideias, a maioria não exequíveis – e a reforma do porto de Luanda; aperfeiçoamento do Serviço Nacional de Saúde e formação de mais médicos (ver o discurso, na íntegra, aqui).
Paradoxalmente, e apesar de ser essa uma das vontades do partido vencedor, o senhor Presidente esqueceu-se de se referir à questão da revisão Constitucional. Mas como ele afirmou, e o primeiro-ministro empossado reconfirmou, o que os Angolanos precisam é de mais trabalho e menos discursos, talvez dai o esquecimento.
Reconheçamos que as exigências de Eduardo dos Santos são enormes, mas também não podemos esquecer das suas palavras no comício de encerramento do MPLA: trabalho, trabalho, combate à pobreza e exclusão, novamente trabalho e mais trabalho dos membros prestadores de serviços públicos a favor de Angola e… fim à corrupção (proponho a leitura desta estória, já velhinha, que o Prof. Feliciano Cangue nos faz o favor de recordar).
A prédica foi utilizada num curto espaço de tempo – apesar de uma volumosa pasta que continha o discurso mas com letras tão grandes que faziam lembrar os novos prédios angolanos que parecem, não arranha-céus, mas pontes entre Luanda e a lua –; que o trabalho seja o que se exige neste futuro próximo que começa já hoje!
Entre as vontades do senhor Presidente regista-se que o novo executivo terá de apresentar o Plano e o OGE até ao final deste mês; deve manter o crescimento do PIB nos dois dígitos – com o petróleo em queda e a produção com ligeira quebra por problemas em alguns poços e exigências da OPEP, talvez seja difícil, mas, Angola já está habituada a ver milagres… –; diminuir a inflação para 10% até ao final do ano – havia dúvidas que os angolanos acreditam em milagres? – e para baixo destes dois dígitos já no próximo ano; definiu como prioridade de primeira linha o combate à fome e à pobreza e a necessidade de se construir cerca de um milhão de casas nesta legislatura que iniciará, oficialmente, a 15 de Outubro as suas funções; manter o nível de "reconstrução, modernização e ampliação" das infra-estruturas de grande dimensão, nomeadamente os grandes empreendimentos no domínio da energia e água – os luandenses perguntam-se porque andam com falta de água e luz há umas semanas – o caminho-de-ferro de Benguela (CFB), o porto do Lobito, o Caminho de Ferro de Moçamedes e a sua extensão até Namíbia, o porto do Namibe, o novo aeroporto internacional de Luanda – uma obra parada há vários anos sem que alguém diga e esclareça porquê e porque é que os chineses aparecem sempre com novas ideias, a maioria não exequíveis – e a reforma do porto de Luanda; aperfeiçoamento do Serviço Nacional de Saúde e formação de mais médicos (ver o discurso, na íntegra, aqui).
Paradoxalmente, e apesar de ser essa uma das vontades do partido vencedor, o senhor Presidente esqueceu-se de se referir à questão da revisão Constitucional. Mas como ele afirmou, e o primeiro-ministro empossado reconfirmou, o que os Angolanos precisam é de mais trabalho e menos discursos, talvez dai o esquecimento.
Reconheçamos que as exigências de Eduardo dos Santos são enormes, mas também não podemos esquecer das suas palavras no comício de encerramento do MPLA: trabalho, trabalho, combate à pobreza e exclusão, novamente trabalho e mais trabalho dos membros prestadores de serviços públicos a favor de Angola e… fim à corrupção (proponho a leitura desta estória, já velhinha, que o Prof. Feliciano Cangue nos faz o favor de recordar).
A prédica foi utilizada num curto espaço de tempo – apesar de uma volumosa pasta que continha o discurso mas com letras tão grandes que faziam lembrar os novos prédios angolanos que parecem, não arranha-céus, mas pontes entre Luanda e a lua –; que o trabalho seja o que se exige neste futuro próximo que começa já hoje!
Sem comentários:
Enviar um comentário