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Perante tais números (120 milhões de dólares ou 83 milhões de euros), torna-se cada vez mais compreensível as palavras do senhor Presidente José Eduardo dos Santos, quando, no encerramento da campanha eleitoral, o então número um da lista do MPLA – se não sabia os resultados que ia obter, por certos teria tido uma premonição –, afirmou que era altura de certas pessoas perceberem que deveria começar a dar ao País e não explorar do País, ou por outras palavras, havia que "mudar a mentalidade das pessoas que põem os interesses pessoais acima dos interesses gerais".
É que os tais 120 milhões de dólares ganhos pela tal sociedade, “dariam para construir 150 escolas e pagar a 800 professores um salário mais digno de 300 dólares todos os meses durante 25 anos, sobrando ainda dinheiro para giz, papel e canetas”.
Bom isso seria bonito se não tivéssemos de admitir que os gestores, são gente, e também têm de ganhar algum. Ou será que só os gestores da Lehman Brothers, da AIG ou da Fortis é que se podem locupletar com os fundos dos outros? Ou há moralidade financeira ou comem todos, desde que, parafraseando Orwell, “uns possam comer mais que outros”…
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