06 outubro 2008

Angolagate e o julgamento em Paris

Sobre este temática, abordada em apontamento anterior e publicado como artigo no Notícias Lusófonas, e de acordo com o portal do semanário português Expresso, a República de Angola, através do seu advogado, Francis Teitgen, junto do processo Angolagate, que hoje deverá ter visto iniciado o julgamento e que deverá se prolongar até Março do próximo ano – alguém parece querer influenciar as próximas eleições presidenciais angolanas, ou será que estou errado? –, vai “apresentar um recurso, em nome do "respeito pelo segredo de defesa" de um país estrangeiro, para evitar a realização do julgamento do caso”.

Até porque, segundo o advogado do Estado angolano, o senhor Pierre Falcone “agiu como um representante do seu Governo, com todos os poderes requeridos para conduzir as operações de que era encarregado”. Logo a verificar-se este julgamento mais não será que ridicularização dos direitos ligados a um qualquer Estado soberano , além de que, segundo o senhor Teitgen, “Luanda opõe-se também à discussão pública no conjunto de Justiça estrangeira de informações relativas ao interesse do Estado angolano e da sua defesa nacional”.

Se o advogado da parte angolana conseguir esta suspensão, mais do que Angola, serão a ELF-Total e o presidente Sarkozy que poderão descansar em Paz.

Mas não esqueçamos que na Pátria da “Liberdade, Igualdade e Fraternidade”, a Justiça (leia-se, o poder judicial) está totalmente fora do controlo do poder económico e político como alguns quantos já tiveram ocasião de o comprovar…

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