12 outubro 2008

Eu bem defendo a TAAG, mas…

(imagem daqui)

Mas quando leio coisas como as que um cidadão brasileiro (ou cidadã) a trabalhar em Angola nos oferece informações como a que colocou no seu interessante blogue “Casa de Luanda” sobre uma viagem na TAAG entre Luanda e Rio de Janeiro, somos obrigados a concordar, mesmo contrafeitos, que a Europa terá razões, que os comuns dos mortais desconhecem ou que os senhores da Companhia desejam abafar, para impedir a circulação das aeronaves da companhia de bandeira angolana circularem nos céus eurocratas.

Numa
deliciosa narrativa o referida cidadão brasileiro, que assina por "X" – só espero não lhe arranjar problemas de maior – descreve uma viagem sui-géneris, e com algumas fotos exemplares, entre as duas cidades irmãs do Atlântico sul. Uma delícia se não fosse o perigo que a mesma representa.

Fez-me recordar uma viagem, feita há uns anos, quando estava na universidade, entre Moscovo e a então Leninegrado (São Petesburgo) pela nesse tempo soviética Aeroflot. Também nessa viagem circulava entre os bancos marcados, mas não cumpridos – cada um sentava-se onde havia um lugar vago, nem que fosse, passe a imagem, mas não tanto, na casa-de-banho – galináceos, produtos agrícolas, roupas, e outros objectos que não consegui identificar dada a hora tão madrugadora da viagem. Só queríamos era chegar ao destino e sair daquela caixa voadora.

Ou seja, depois de ler o apontamento de "X" fiquei com a triste ideia que as linhas mestras da antiga Aeroflot estão implantadas na nossa TAAG. Já é tempo, e agora que há Ministro novo mais ainda, de alguém dar “dois murros na mesa” e, caso necessário, despachar os gestores da TAAG e obrigar a alterar este tipo de coisas. Ah! e que a correcta atitude do “chefe da equipe de comissários” não se ficasse só pela chamada de atenção ao brasileiro – que parece que o que queria era sair do avião da TAAG, o mais rápido possível, mesmo que fosse sob escolta da Polícia Federal – mas também aos factos antecedentes do voo.

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