(Santana depois de marcar o golo que pode valer um título de Girabola e o de melhor marcador, em disputa com Love; foto não editada via TPA)
Depois de quase uma semana, desde a passada terça-feira, sem computador (não se entende que uma marca com nome, ao ponto de, segundo parece, um país lusófono ter decidido pagar mais cerca de 15 milhões de euros para ficar com produtos dessa marca, ao fim de dois anos vê-se a destruição do disco sem qualquer hipótese de recuperação e que quase me fez perder muito do que tinha guardado); depois de ontem ter assistido a um muito bem jogo de futebol, via TPA-Internacional (haja a Deus depois do que já aconteceu), entre o primeiro, Petro de Luanda, e o segundo, 1º de Agosto, com um empate final a 1 bola (Petro adiou por uma semana a conquista do título que lhe foge há cerca de 7 anos); nada como saber que o meu Benfica de Luanda (ainda tenho o cartão de sócio que não penso destruir – ups – e há meses que ando a ver se alguém me informa da morada e dos contactos do Benfica de Luanda) tornou-se no segundo clube africano – pelo menos de África – com uma senhora na presidência do clube, no caso Welwitchea «Tchizé» dos Santos Pego, que ganhou em lista única (uma forma muito democrática de mostrar consenso…).
Mas não foi só isto que esta semana aconteceu:
O caso Angolagate voltou à ribalta, desde que recomeçou ainda não parou, com um artigo de Mario de Queiroz, para o InterPress Service (IPS) (versão original, em espanhol para quem tem acesso pago, e versão livre em inglês), onde sou, uma vez mais citado, o que agradeço ao articulista a deferência.
No Zimbabué, o senhor Mugabe continua a querer pôr e dispor da difícil vida dos zimbabueanos como se o país continuasse a ser uma coutada particular onde pode persistir fazer o que quer ao arrepio dos reais e verdadeiros interesses sociais e económicos do Pais. Estranhamente, ou talvez não, os problemas dentro do ANC já começam a ser mais que muitos com a hipótese do próprio partido sul-africano se cortar, o senhor Mbeki que já mostrou ser um deficiente negociador e interlocutor, mantém-se como o mediador entre Mugabe e a oposição.
Por sua vez, será que ainda há lugar a surpresas – por mim admito que sim porque esperava outra coisa depois das palavras de Eduardo dos Santos no último comício; admito, sou mesmo muito ingénuo, se calhar, deve-se ai nome – um comentador e dois jornalistas foram suspensos da RNA por, segundo esta emissora em nota oficial, se terem "fuga da linha editorial"; ou seja, o comentador fazendo uso da sua liberdade de opinião terá proferido comentários pouco aceitáveis para a emissora sobre alguns dos vice-ministros nomeados e empossados. O comentador Victor Silva, igualmente director do jornal privado Novo Jornal, viu suspensa a sua colaboração e os jornalistas Amílcar Xavier, que conduziu a conversa com Victor Silva, e o editor, Andeiro João, suspensos com processos disciplinares. Viva a liberdade de Imprensa. Acho que também deveriam ter comentado renomeação do Ministro que tutela este departamento.
Entretanto, constou-me que a economista e Professora Fátima Moura Roque está a pensar em abrir um Banco em Angola o que irá provocar, com ou sem razão, não discuto, ainda mais anticorpos junto dela.
Na Guiné-Bissau a crise da cólera continua imparável com as vítimas a crescerem de dia para dia sem que se vislumbre alguma contenção. A falta de meios, e a má salubridade parecem ser alguns dos factores principais para o caos sanitário.
Também na Guiné-Bissau um grito quanto à deficiente cooperação portuguesa, quer a nível da língua quer a nível da cooperação médica ao ponto de uma jornalista freelancer, Joana Otchan-Palha, ter escrito para o blogue Ditadura do Consenso um artigo sobre o assunto intitulado "Quem salva a Cooperação portuguesa?"
Enfim, como se vê houve muita coisa nesta semana…
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