"Desde há muito que só exerço o meu direito cívico, como eleitor, colocando o voto com a cruzinha quando se trata, e exclusivamente, das eleições autárquicas.
Por razões que se prendem com a minha dupla nacionalidade não o faço para as presidenciais lusitanas, e também porque não acredito no actual sistema presidencial português, nem para as legislativas dado que o actual sistema português obriga votar em partidos, onde só os líderes e alguns, muito poucos, elegíveis são reconhecidos e os restantes, a grande maioria dos eleitos são personalidades desconhecidas – diria, totalmente desconhecidas – do eleitorado.
Já nas autárquicas apesar da maior parte dos futuros concorrentes a edis são desconhecidos, vemos, quase sempre ou na maioria dos casos, a sua chipala estampada nos outdoors publicitários em campanha. Por alguma razão, nas autárquicas há direito a independentes concorrerem – e alguns são eleitos e com largas maiorias, o que demonstra o conhecimento dos eleitores – a par dos partidos instituídos.
O problema, por vezes, é que os concorrentes impostos pelos partidos nem sempre vivem no Concelho por onde desejam ser eleitos; Porto Lisboa e Sintra foram ou são alguns dos que tiveram ou têm edis cuja residência oficial – e efectiva – é em Concelhos limítrofes ou mesmo mais afastados.
Mas, ainda assim, alguns mostram que apesar de não viverem nos referidos Concelhos para onde foram eleitos não deixara(ram) de fazer alguma obra ou ajudaram a melhor os seus Concelhos.
Essas são razões válidas, ainda que questionáveis, que me levam, por regra a votar e só a votar nas Autárquicas. Todavia, nas últimas eleições legislativas portuguesas e porque fiquei farto de maiorias absolutas onde os eleitos demonstraram não saberem coexistir com essa vantagem – foram autocráticos, por vezes, fanfarrões ou exerceram o poder do quero, mando e posso sem respeito por quem, em teoria, os elegeu – achei que deveria contribuir com um voto de protesto anti-maiorias absolutas.
Viu-se em Portugal, o seu efeito, como se vê em outros locais, onde a Lusofonia teve o mesmo professor. O poder maioritário gere, em regra e quase sempre, o poder absoluto, autocrático e subserviente!
Por essas razões e pelas razões já expostas quanto ao interesse autárquico, votarei amanhã.
Só que ao contrário das anteriores onde as dúvidas eram nenhumas, desta vez elas são demasiadas e o debate – diria “binólogo” dado que quase só falavam dois deles, Pedro Santana Lopes e António Costa (PS) – proporcionado pela RTP entre os candidatos à Câmara de Lisboa mostrou, uma vez mais, que os que se apresentam ou são descartáveis ou sentem o apelo do poder absoluto do quero, mando e posso!
Não há dúvidas que só 4 dos 9 candidatos parecem ter condições para eleger edis e, por extensão, presidentes de câmaras. (...)" (continuar a ler aqui ou aqui)
Por razões que se prendem com a minha dupla nacionalidade não o faço para as presidenciais lusitanas, e também porque não acredito no actual sistema presidencial português, nem para as legislativas dado que o actual sistema português obriga votar em partidos, onde só os líderes e alguns, muito poucos, elegíveis são reconhecidos e os restantes, a grande maioria dos eleitos são personalidades desconhecidas – diria, totalmente desconhecidas – do eleitorado.
Já nas autárquicas apesar da maior parte dos futuros concorrentes a edis são desconhecidos, vemos, quase sempre ou na maioria dos casos, a sua chipala estampada nos outdoors publicitários em campanha. Por alguma razão, nas autárquicas há direito a independentes concorrerem – e alguns são eleitos e com largas maiorias, o que demonstra o conhecimento dos eleitores – a par dos partidos instituídos.
O problema, por vezes, é que os concorrentes impostos pelos partidos nem sempre vivem no Concelho por onde desejam ser eleitos; Porto Lisboa e Sintra foram ou são alguns dos que tiveram ou têm edis cuja residência oficial – e efectiva – é em Concelhos limítrofes ou mesmo mais afastados.
Mas, ainda assim, alguns mostram que apesar de não viverem nos referidos Concelhos para onde foram eleitos não deixara(ram) de fazer alguma obra ou ajudaram a melhor os seus Concelhos.
Essas são razões válidas, ainda que questionáveis, que me levam, por regra a votar e só a votar nas Autárquicas. Todavia, nas últimas eleições legislativas portuguesas e porque fiquei farto de maiorias absolutas onde os eleitos demonstraram não saberem coexistir com essa vantagem – foram autocráticos, por vezes, fanfarrões ou exerceram o poder do quero, mando e posso sem respeito por quem, em teoria, os elegeu – achei que deveria contribuir com um voto de protesto anti-maiorias absolutas.
Viu-se em Portugal, o seu efeito, como se vê em outros locais, onde a Lusofonia teve o mesmo professor. O poder maioritário gere, em regra e quase sempre, o poder absoluto, autocrático e subserviente!
Por essas razões e pelas razões já expostas quanto ao interesse autárquico, votarei amanhã.
Só que ao contrário das anteriores onde as dúvidas eram nenhumas, desta vez elas são demasiadas e o debate – diria “binólogo” dado que quase só falavam dois deles, Pedro Santana Lopes e António Costa (PS) – proporcionado pela RTP entre os candidatos à Câmara de Lisboa mostrou, uma vez mais, que os que se apresentam ou são descartáveis ou sentem o apelo do poder absoluto do quero, mando e posso!
Não há dúvidas que só 4 dos 9 candidatos parecem ter condições para eleger edis e, por extensão, presidentes de câmaras. (...)" (continuar a ler aqui ou aqui)
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