Mostrar mensagens com a etiqueta Quénia. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Quénia. Mostrar todas as mensagens

03 julho 2009

Por causa da corrupção, Quénia na África Austral?!

Quando li hoje esta notícia (imagem acima) que surge no Global Notícias – jornal gratuito do grupo Controlinveste (o mesmo que andou despedir jornalistas) –, página 14 (cimo) não sabia se havia de rir ou chorar por tão disparatada afirmação.

Não, não me estou a referir à corrupção porque quanto a isso cada um puxa para si os louros. Estou sim a debruçar pela localização geográfica do Quénia.

Vamos admitir que foi realmente uma notícia do Transparency International (que ainda vou tentar confirmar) mas mandaria o bom senso, se o grupo tivesse Jornalistas com o “J” maiúsculo, que se deveria ponderar bem a notícia antes de a colocar nos jornais.

É que o Quénia fica na África Oriental, por acaso a ocidente da Somália que fica, como por certo deverão saber os geógrafos do Global notícias e da Controlinveste – penso eu de que – no Corno de África, bem na África Oriental (ver em baixo o mapa de África com o Quénia em evidência; não basta irem às agências de viagem procurar saber onde são os safaris se não se sabe onde está o País…)

Como nota complementar, depois de aceder ao portal do Transparency International “Global Corruption Barometer 2009” fosse em inglês, francês ou espanhol (ver os links nos respectivos idiomas ou aqui, no global) aparece África sub-Saariana e nunca África Austral!! Salvo se o acesso se faz por outra forma que desconheça…

Quando se contrata produtores de conteúdos em vez de se investir em jornalistas e, complementarmente, talvez, em analistas de política internacional…

Ah! se foi por falta de elementos ou outros, o que sei e pude constatar que dos países da CPLP, só Portugal surge classificado (ou notado) e no sector privado. Porque será? Não haveria uma tabela para conseguirem classificar alguns dos Estados omissos da CPLP?

14 abril 2008

Acordo no Quénia?

(foto Euronews)

Será que desta vez o acordo veio para ficar?
Tem todas as condições para isso faltando saber onde acabam e começam as prorrogativas governamentais de cada um dos actores da cena política queniana e do novo Governo de Coligação.
Se o declarado vencedor das eleições presidenciais, Mwai Kibaki, do Partido de Unidade Nacional (PNU) mantém o cargo, o reclamante do mesmo, Raila Odinga, do partido Movimento Democrático Laranja (ODM), decidiu aceitar o novo cargo de primeiro-ministro.
Além disso o novo Governo proposto terá dois vice-primeiros-ministros. O primeiro, Musalia Mudavi, é do ODM, do contestário Odinga, enquanto o segundo vice proposto é Uhuro Kenyatta, próximo do PNU, e filho de Jomo Kenyatta, o “pai” da independência e primeiro Chefe de Estado do Quénia.
Quanto aos restantes membros governamentais (42 ministros e 53 vice-ministros) sairão alguns do PUN e entram outros tantos do Partido Laranja.
Pode ser que assim, se esgote a crise pós-eleitoral que terá provocado cerca de 1500 vítimas mortais e deslocados mais de 200.000 quenianos. Um preço demasiado “elevado a pagar" para os contribuintes quenianos”, como hoje reflectiu Maina Kiai, presidente da Comissão Nacional queniana sobre os Direitos Humanos.
Todavia, parece haver quem não queira a paz no País. Uma seita,declarada ilegal em 2002, Mungiki (o mesmo que "multidão" em língua kikuyu), reconhecida por decapitar vítimas raptadas, entrou em confrontos com a polícia provocando entre 9 e 12 mortos. Tudo porque queriam vingar a prisão e possível morte da mulher do líder da seita.
Também esperamos que depois do Quénia, mais a sul, não apareça um outro foco desestabilizador para não dar crédito àqueles que afirmam que em África só há guerras e questiúnculas.

28 fevereiro 2008

Às vezes um murro na mesa…

(Annan anunciando o acordo; foto daqui)
Estrebucharam, ameaçaram chamar os seus apoiantes e obrigar alguém aceitar alguém. Brincaram com o negociador dando um passo em frente e vinte atrás. Mas o antigo Secretário-geral das Nações Unidas e negociador para a paz no Quénia, Kofi Annan, fartou-se e ameaçou bater com a porta e de vez.
Voltaram os contorcionismos e as ameaças. Só que desta vez o negociador não pactuou e hoje foi assinado um protocolo de acordo entre as partes para colocar fim ao conflito político-social no Quénia.
O acordo, com assinatura televisionada, prevê a partilha do poder entre os dois líderes quenianos, sendo criado a figura de primeiro-ministro que deverá ser ocupada por Odinga ou alguém por ele nomeado. Só que os quenianos terão de alterar, muito em breve, a constituição porque a actual não prevê a figura de primeiro-ministro.
Espero que, ao contrário do que “lamenta” Orlando Castro, não seja mais um acordo até a guerra voltar e que desta vez os signatários, Mwai Kibaki, presidente do Quénia e vencedor oficial das eleições, e Raila Odinga, o líder da oposição que se considerava como vencedor, sejam “homenzinhos” e coloquem, de vez, os interesses da Nação assim dos seus interesses político-pessoais.
Porque mais de 1.000 mortos e 300.000 deslocados penso que são números para pensarem e não se repetirem.
Nem aqui nem em um outro qualquer país africano!

15 fevereiro 2008

As crises resolvem-se assim?

(foto d’ O Globo)
A crise pós-eleitoral no Quénia, e depois de várias centenas de mortos, muitos feridos e milhares de desalojados, parece estar a caminho do fim com um acordo de princípio assinado entre o candidato derrotado e o candidato reeleito das eleições presidenciais de 27 de Dezembro.
Segundo os negociadores, o ex-secretário-geral das Nações Unidas, Kofi Annan, e o negociador governamental, Mutula Kilonzo, já há acordo entre as duas partes sendo que um dos principais pontos do acordo passará pela alteração da Constituição queniana que vigora desde a independência, em 1963.
Que seja realmente o princípio do fim da crise e que, por outro lado, não sirva, definitivamente, de modelo para as próximas eleições gerais que se avizinham em África…
Porque sempre que um “derrotado” não queira aceitar o escrutínio, levar a mudanças Constitucionais…

01 fevereiro 2008

Quem acode ao Quénia?

"Limpeza étnica? Genocídio? Seja o que for o que se passa no Quénia, não podemos ficar da braços cruzados", afirma o presidente em exercício da União Africana (UA), Alfa Umar Konare, n linha do que afirma o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, e depois dno dramático alerta do principal negociador, Kofi Annan, que suspendeu ontem, depois da morte do segundo deputado da Oposição, todos os contactos para resolver a crise que, segundo diz, "é já o embrião de uma guerra civil".
Quem acode o Quénia.
Como alerta Orlando Castro no seu artigo hoje publicado no Jornal de Notícias se nada for feito tudo o que se fez para a pacificação dos Grandes Lagos pode ser posta em causa, tornando o país ingovernável – se houver ainda algo para governar – e “reduzir a cinzas os vizinhos”
Será que o mundo, tal como aconteceu com Darfur está muito ocupado a olhar para o seu umbigo e ainda não se apercebeu do que está em jogo no Quénia?
E o candidato nas primárias norte-americanas e com sangue queniano, Obama, o que diz? Isto se é que ele sabe onde fica o Quénia, um país africano da orla do Índico.

30 dezembro 2007

Em Setembro não pode acontecer o mesmo!

(foto ©AFP)
Isto que se passou e passa no Quénia, ou seja, vitórias antecipadas e atrasos nos escrutínios, é o que não vamos querer ver em Setembro próximo!
Por isso as palavras do presidente dos Santos são importantes e devem – TÊM – de ser bem digeridas por todos – TODOS – os intervenientes na contenda política que vai ser o acto eleitoral para as legislativas.
Todos, mas TODOS, devem começar imbuir que haverá um vencedor e os outros serão a nata que irá acompanhar e ombrear o vencedor a favor da democracia, da liberdade e do desenvolvimento de Angola.
Vamos começar a pensar na vitória mas também na não vitória!
Porque só o facto de haver eleições já nos torna a todos vencedores pelo que só os fracos de espírito poderão pensar em derrota!

Eleições presidenciais no Quénia

Depois da grande expectativa

Isto!!!!
(Fotos ©EPA/Stephen/Sapo.pt)

22 janeiro 2007

A pata da globalização chinesa

(uma incómoda vista)

Numa altura que, em Nairobi, Quénia, se reúne, na sua 7º edição, o Fórum Social Mundial (FSM), um projecto antiglobalizante que teve o seu início em Porto Alegre, Brasil, nos idos de 2001, constata-se que a força globalizadora da China se faz claramente sentir.
Apesar do FSM reivindicar ser um espaço aberto ao debate e construção de estruturas democráticas, aprofundamento da reflexão e do respeito pelas espiritualidades diversas, formulação de propostas, troca de experiências e articulação de movimentos sociais, redes, ONG’s e todas organizações da sociedade civil que se opõem ao neoliberalismo e ao domínio do Mundo pelo capital e por qualquer forma de imperialismo, nota-se que a força globalizadora da China está bem presente.
Embora esta reunião tenha como objectivos principais – ou talvez por isso mesmo –a globalização, os países ricos, o Banco Mundial, George W. Bush, o combate ao SIDA, o perdão da dívida externa dos países pobres e as guerras, destacando os organizadores a invasão da Somália, pela Etiópia, – e as outras, já acabaram? –, não há dúvidas que a força globalizadora da China é evidente.
Conquanto o FSM defenda, também, a dignidade, diversidade, garantia da igualdade de género e eliminação de todas as formas de discriminação, a garantia dos direitos económicos, sociais, humanos e culturais, especialmente os direitos à alimentação, saúde, educação, emprego, habitação e trabalho digno, é um facto que a omnipresença globalizadora da China se torna indesmentível.
Ora se a FSM foi criado tendo em visa ser um projecto antiglobalizante e tendencialmente anti-monopolista e a favor da construção de uma ordem mundial baseada na soberania, na autodeterminação e nos direitos dos povos [de todos os povos excluídos e, ou, subjugados] – alguns dos principais objectivos do programa FSM 2007 – como se explica que força globalizadora da China não seja igualmente criticada como o está a ser, pertinentemente face à génese da FSM, a de W. Bush?
A força globalizadora da China está evidente em toda a África, sabemo-lo; mas tem, nesta altura, um particular destaque no Quénia onde, e pela segunda vez em 8 anos, “fez” impedir a entrada do Dalai Lama no país de Jomo Kenyatta, que, desta feita, parece que queria, somente, visitar o parque nacional de Maasai Mara.
Porque quem não vê Lama, não pode ouvir Lama… mesmo em repúblicas das bananas!!

31 janeiro 2006

África tem fome... mas também princípios!!!

Juntemos na irradicação da fome em África - ou no Mundo - mas sejamos sensatos.

Segundo o jornal queniano, “Nation” e citado pelo Diário Digital, uma das principais marcas neozelandesas de comida para cão ofereceu 42 toneladas de alimento para animais para o Quénia, com o fim de minorar a fome está a vitimar milhões de crianças.
“(...) De acordo com um porta-voz do governo queniano, o director dos serviços de saúde do país, James Myikal, disse que «por nenhuma razão se pode permitir alimentar pessoas com comida para cães».
A proprietária e fundadora da empresa Mighty Mix, Christine Drummond, conhecida na Nova Zelândia pelos biscoitos para cão que fabrica, já respondeu...
[para] a responsável, o alimento em causa é muito nutriente, tem um sabor agradável, e a própria … come os biscoitos todas as manhãs, [tendo adiantado] que fez a doação através de uma organização de caridade queniana não como comida para cães para alimentar crianças, mas como «suplemento nutricional». A quantidade oferecida, afirma, poderia alimentar 160 crianças durante dois meses.
” (Retirado do Diário Digital onde pode lerintegralmente o artigo.)
Cara senhora, tal como nos outros países, no Quénia há criança e cães. Penso que na Nova Zelândia não serão confundidos.
Que a senhora goste dos biscoitos que fabrica, ninguém estará contra. Que num célebre programa sul-africano de “apanhados” tenham sido filmadas pessoas a comer biscoitos para animais, não significa que todos tenham de ser apanhados.
Que África precise de quem lhes minore a fome, já todos sabemos. Mas, por favor, sejamos sensatos e não insultemos nem a inteligência nem as dificuldades de cada um. E principalmente se são terceiros que os criam...