(foto Euronews)
Será que desta vez o acordo veio para ficar?
Tem todas as condições para isso faltando saber onde acabam e começam as prorrogativas governamentais de cada um dos actores da cena política queniana e do novo Governo de Coligação.
Se o declarado vencedor das eleições presidenciais, Mwai Kibaki, do Partido de Unidade Nacional (PNU) mantém o cargo, o reclamante do mesmo, Raila Odinga, do partido Movimento Democrático Laranja (ODM), decidiu aceitar o novo cargo de primeiro-ministro.
Além disso o novo Governo proposto terá dois vice-primeiros-ministros. O primeiro, Musalia Mudavi, é do ODM, do contestário Odinga, enquanto o segundo vice proposto é Uhuro Kenyatta, próximo do PNU, e filho de Jomo Kenyatta, o “pai” da independência e primeiro Chefe de Estado do Quénia.
Quanto aos restantes membros governamentais (42 ministros e 53 vice-ministros) sairão alguns do PUN e entram outros tantos do Partido Laranja.
Pode ser que assim, se esgote a crise pós-eleitoral que terá provocado cerca de 1500 vítimas mortais e deslocados mais de 200.000 quenianos. Um preço demasiado “elevado a pagar" para os contribuintes quenianos”, como hoje reflectiu Maina Kiai, presidente da Comissão Nacional queniana sobre os Direitos Humanos.
Todavia, parece haver quem não queira a paz no País. Uma seita,declarada ilegal em 2002, Mungiki (o mesmo que "multidão" em língua kikuyu), reconhecida por decapitar vítimas raptadas, entrou em confrontos com a polícia provocando entre 9 e 12 mortos. Tudo porque queriam vingar a prisão e possível morte da mulher do líder da seita.
Também esperamos que depois do Quénia, mais a sul, não apareça um outro foco desestabilizador para não dar crédito àqueles que afirmam que em África só há guerras e questiúnculas.
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