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João Craveirinha mandou-me este e-mail, denominado “Indústria e Economia Brasileira - paradigma para Moçambique e Angola e mesmo para Portugal“ que, com os meus pedidos antecipados de desculpas – não tive tempo de lhe pedir autorização para o transcrever – deixo aqui nestas páginas.
Não há dúvidas que é tempo de deixarmos de nos preocupar com o “dumping” chinês e nos preocuparmos com a qualidade das nossas manufacturas e dos nossos artigos.
É mais fácil, hoje em dia, vermos pessoas a comprar roupas – e calçados – de marcas (algumas até são feitas em países cuja a exploração humana é por demais conhecida) do que comprar “chinesices” só porque são mais baratos.
Porque será que os empresários “lusófonos” – e aqui, doa a quem doer, a escola é a mesma – deixam de pensar em ganhar um qualquer “Euromilhões” no imediato e se preocupam em criar primeiro: qualidade; segundo, qualidade; e depois o natural lucro!
Logo há que criar qualidade e, subsequentemente, uma marca credível.
Couromoda: os chineses que fiquem com seus sapatos baratos
A indústria calçadista brasileira vendeu menos – e faturou mais – no primeiro semestre deste ano. Pelos dados da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), o número de pares vendidos ao exterior caiu de 113 milhões para 103 milhões nos primeiros seis meses de 2005 (na comparação com o mesmo período do ano passado). Apesar disso, houve um aumento de 20% no preço médio dos calçados exportados, o que gerou uma receita de US$ 921,4 milhões, 9% superior à registrada no primeiro semestre de 2004. Diante das dificuldades provocadas pela desvalorização do dólar e pela concorrência internacional, as empresas do setor passaram a apostar na exportação de produtos com maior valor agregado. "Vender grandes quantidades a preços baixos é para as fabricantes da China. A solução foi apostar na qualidade, não na quantidade", detalha Francisco Santos, presidente da feira brasileira de calçados Couromoda e porta-voz brasileiro da World Shoe Association, organizadora da feira WSA Shoe Show, que acontece no início de agosto, em Las Vegas. Santos destaca que o aumento da participação dos calçadistas brasileiros na WSA Shoe Show é uma prova dessa busca por novos nichos de mercado. Em 2005, 33 empresas nacionais apresentarão suas coleções na feira - o triplo da última edição. "Nossas indústrias estão mais preocupadas em vender sua própria marca. A feira é uma ótima oportunidade, pois é um canal direto com os lojistas norte-americanos", revela Santos. (Guilherme Damo)
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