1. Um oficial da Polícia, em entrevista semi-privada a Diana Andringa, jornalista e candidata do BE à Câmara de Amadora, afirma que nunca houve qualquer “arrastão” na praia de Carcavelos, a 10 de Junho, que a Polícia, em menos de uma hora, ficou rapidamente a par da situação e que os meios de Comunicação Social se aproveitaram da situação para extrapolarem.
Só não se entende porque não gostou que a referida entrevista fosse publicada – ou disponibilizada na Net – e porque continuam a fazer “privacidade” de um facto que poderia criar conflitos intra-raciais.
2. Os inimigos de ontem surgem num comício de mãos dadas. Falo de “Nino” Vieira, Kumba Yalá e Francisco Fadul. Foi o arranque para a 2ª. volta das presidenciais na Guiné-Bissau.
Esta eventual união triunvirata já levou Carlos Gomes Júnior,o actual primeiro-ministro, a anunciar que uma eventual vitória de Nino levaria à sua imediata demissão. Não vejo onde esteja a surpresa perante esta posição de Gomes Júnior. Num país democrata é natural que o p.m. apresente a sua demissão ao recém-eleito presidente. Não é, nunca foi, assim?
3. No Sudão entrou em vigor a nova Constituição que dá a vice-presidência a John Garang, líder do Exército de Libertação do Povo Sudanês (SPLA), cristão, enquanto o actual presidente, islamita, Omar al-Bachir mantém o cargo durante os próximos 6 anos. São os efeitos do acordo de paz de Nairobi, de 9 de Janeiro deste ano. O acordo prevês eleições dentro de três anos, a divisão do petróleo sulista com o Norte e a não aplicação da charia no Sul
Continua, no entanto, a faltar Darfur.
Será que a presença do antigo guerrilheiro em Cartun conseguirá levar os islamitas e seus aliados a abandonarem as humilhações na região? Vamos esperar.
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