20 março 2009

Madagáscar vê, finalmente, a SADC falar…

Demorou, provavelmente houve a necessidade de jogar com as palavras para não ferir certas sensibilidades “democráticas”, mas ontem, finalmente, a SADC – Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral, lá disse da sua justiça quanto à tomada de poder pelo “jovem turco TGV – Tanora malaGasy Vonona (Dinâmico jovem malgaxe),” e ex-DJ e demitido presidente de Antananarivo (esteve entre Dezembro de 2007 e Fevereiro de 2009), Andry Rajoelina.

A SADC considerou inconstitucional a tomada do poder, e as atitudes subsequentes, com o apoio de militares revoltosos – pela primeira vez os militares malgaxes participaram num golpe no País –, de Rajoelina que, não satisfeito pela tomada “provisória” de dois anos – se não for mesmo quatro ou seis, como adiante explicarei – dos destinos presidenciais e governativos do País, mandou suspender o Parlamento Nacional.

É que apesar da Corte (Tribunal) Constitucional ter reconhecido a tomada de poder e a posse do Governo da Autoridade de Transição, a Constituição afirma que só pode ser candidato – logo presidenciável – quem tiver prefeito 40 anos de idade o que não se passa com Rajoelina que só tem 34 anos e incompletos (nasceu em 1975, mas já há portais que o dão como nascido em 1974; daqui a alguns dias ainda vamos ver como nascido em 1969…).

A SADC quer, segundo o seu secretário executivo, Tomás Salomão, que as nações Unidas, a Comunidade Internacional e a União Africana concertem esforços, juntamente com a SADC, para resolver este problema criado pelo TGV Rajoelina e pelos militares que o apoiam.

A SADC não esquece, e ameaça por isso com sanções, que os “golpistas” derrubaram um presidente eleito democraticamente
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